quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pombagiras - por Rodrigo Queiroz


Por Rodrigo Queiroz
Ditado por Sra. Maria Padilha

“Uma rosa cor de sangue, cintila em suas mãos,
Um sorriso que nas sombras não diz sim nem não,
Põe na boca cigarrilha e se acende um olhar,
E conhece o bem e o mal para quem quiser amar….”
- Olá moço! Salve!
- Minhas reverências Senhora!
- Moço coube a mim falar um pouco de nós, vamos lá?
- Vamos sim, pode começar!
- Como o companheiro Tranca Ruas já adiantou sobre nossos nomes simbólicos e condição do Grau de um espírito redimido na seara da evolução vou me preocupar em tratar de outras coisas, certo?
- Senhora, sou apenas a sua mão, está tudo certo, você conduz como queira.
- Então vamos do começo. O temo Pomba Gira é mal compreendido e também não falarei disso, você faz isso depois, pode ser?
- Tá certo Senhora, no final eu coloco uma nota.
- Ótimo!
- Senhora, já que tentarei escrever sobre o termo do “Orixá Pomba Gira” vamos falar da questão prática, ou seja, do surgimento de vocês mulheres na força de exu, também conhecidas como Exu Mulher.
- Ah moço, ainda tem essa, né? Exu Mulher já é demais. Seria o mesmo que dizer Rodrigo Mulher ou coisa parecida. Mas entendemos quando criaram este termo era apenas para tentar explicar algo que desconheciam e demoraria ainda um bom tempo para se ter ferramentas e bons argumentos para melhor explicar nossa “aparição” nos terreiros.
- Entendido… E como isso se dá?
- Antes de “aparecermos” nos terreiros de Umbanda já manifestávamos em alguns lugares que nos permitiam como em alguns Catimbós, Macumbas Cariocas, etc. Não usavam o termo Pomba Gira, mas sim Princesa, Madame e coisas do tipo. Estas aparições eram rariadas e ficava a cargo de médiuns mulheres que se abriam a nós, no entanto poucas o faziam.
- E porque isso?
- A sociedade em que você vive é patriarcal, logo extremamente machista, hoje um tanto mascarado pela evolução tecnológica e globalizado, mas são essencialmente machistas, tanto é que ainda chamam Deus de Pai, figura masculina e estrutura patriarcal.
- Isso é verdade!
- E há um século atrás era muito pior e declarado este rebaixamento ao sexo feminino. Assim, aparecemos em peso nos terreiros na década de 60 nos juntando ao movimento feminista que neste país criou grande repercussão nesta época.
- Hummm, quer dizer que vocês vieram nos combater? (risos)
- Viemos combater a desigualdade moço, e continuamos fazendo.
- A Umbanda se mostra como um ponto de convergência para todos os meios menos favorecidos e oprimidos, não acha?
- É fato. Seu universalismo e sua meta é essa, por isso tem quem acredite que será a religião principal do futuro.
Continuando, por séculos a mulher era apenas coadjuvante existencial, sem muita importância, porém necessária e aquelas que tentaram mudar esta realidade foram mortas e ridicularizadas de alguma forma. Mas não ficarei aqui relembrando o passado, certo?
- Tudo bem.
- Esta realidade brutal se arrastou por séculos a fio e como já disse começou a mudar a realidade nos anos 60 aqui neste país. Quando aparecemos nos terreiros éramos o retrato de tudo aquilo que as mulheres sonhavam em ser, mas já tinham perdido a esperança. Também éramos tudo que os homens gostavam, mas combatiam covardemente.
- Não entendo. Temos notícias que vocês eram tratadas como ex-prostitutas, ex-marginais e ex-alguma coisa muito ruim e amoral.
- (gargalhada) Isso é o que tentaram dizer. Intriga dos covardes moço. (gargalhada)
- Então continue.
- Pois bem, nesta época, veja os retratos das mulheres nesta época. Eram opacas, pálidas, feias e amarguradas. A vaidade era abafada de todas as formas e sensualidade era algo que muitas vezes nem brotava no âmago da mulher. Um combate cruel contra a natureza.
E surge nós, mulheres independentes, firmes, alegres, risonhas, esbanjando sensualidade, sem papas na língua “afrontando” a covardia machista imperante. Confesso moço, viemos auxiliar a mulher para se livrarem deste cárcere emocional que viviam. Fomos muito combatidas, até hoje somos mas a luta já está mais fácil. Neste tempo não tachavam somente nós como seres amorais e todos adjetivos que possa imaginar, a médium caia na mesma vala. Se pra mulher incorporar uma pomba gira era um escândalo, imagine quando ocorria com um homem. Era raro, mas fazíamos questão de provocar estas situações.
No momento em que começamos aparecer nos terreiros e tudo isso foi cautelosamente pensado, nos preparamos e foi uma “invasão” coletiva, simultâneo. A médium que aparecia opaca no terreiro ao estar mediunizada por nós ficava linda, pois juntava sua sensualidade escondida com a nossa e aquela mulher virava um furacão. É certo que muitos casamentos acabaram por isso, porém muitos outros também foram salvos.
Nosso foco inicial era a mulher. Libertar o ser feminino do medo e da dependência foi e é nosso norte.
Fazemos a guarda do movimento feminista. Reconheça que muito se conquistou assim.
Tínhamos que provocar, por isso quando nos perguntavam se éramos “putas” respondíamos com uma sonora gargalhada. Se éramos “bruxas” a mesma resposta. E quando cantavam que “pomba gira é, mulher de sete maridos”, a provocação estava feita. Pois era a situação inversa, ou seja, não o homem podendo a poligamia, mas sim a mulher subjugando vários homens sob seu feminilismo e encanto.
- Interessante…
- Árduo moço, muito árduo. Desde então nosso trabalho foi crescendo e se manifestando de forma organizada igual ao trabalho dos exus, somos a outra parte de exu que usando este termo abriga os seres masculinos no grau Guardião de evolução e nós no termo Pomba Gira somos as mulheres no grau Guardiã de evolução.
- Quer dizer que o arquétipo de vocês também se baseia na milícia?
- Não, apenas representamos a mulher independente, capaz e livre. Somos como disse, aquilo que toda mulher busca ser e tudo aquilo que os homens gostam mas tem medo.
- É certo que existem algumas Pomba Giras que foram prostitutas e marginais.
- Sim é certo, como também existem Exus que foram a pior espécie de homens. Porém isto é um caso a parte.
O que fomos pouco importa, pois no geral, como todos os encarnados, somos espíritos humanos que sofreram sua queda e já lúcidos retomamos nosso caminho de evolução, assumindo um grau e campo de atuação sob a regência dos Orixás e guardando a esquerda dos encarnados.
- Senhora é verdade que vocês são especializadas em fazer amarrações?
- Sim, da mesma forma que somos especializadas em transformar homens em gays (gargalhada) ( NOTA-SE PELO AR DEBOCHADO, QUE NENHUMA POMBAGIRA DE LEI É RESPONSÁVEL POR AMARRAÇÕES IRRESPONSÁVEIS OU POR TRANSFORMAR PESSOAS EM GAYS). Brincadeira a parte moço, esta é mais uma colocação dos mal informados. Nós já estamos livres destes “vícios” emocionais e não praticamos nada fora do livre arbítrio que impera na criação Divina. Portanto, não somos amarradoras de nada e não decidimos sexualidade de ninguém. No entanto, somos especializadas em desfazer estas anomalias magísticas. (Grifo Nosso)
É isso moço, vamos parar por aqui e fica em síntese registrado que Pomba Gira são espíritos humanos femininos que estão num grau ao lado de exu e atuam principalmente no coração e na mente daqueles que de certa forma se permitem ficar acrisolados em suas próprias tormentas. Estimulamos o que o indivíduo tem de melhor, para que estes desejem ser melhores. Em nosso encanto e sensualidade mostramos que de tudo o que vale a pena é preservar a felicidade.(Grifo Nosso)
Fique em paz moço noutra oportunidade sentamos novamente.
- Muito obrigado senhora. Este é um assunto extenso e poderíamos fazer um livro com centenas de páginas, mas não é possível agora, então mais uma vez muito obrigado!
- Salve!
- Saravá Pomba Gira Maria Padilha.


Retirado do site: www.povodearuanda.com.br

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES DA I.U.L.A 2012 - FEVEREIRO E MARÇO


FEVEREIRO

01 – GIRA DE CABOCLOS E EXUS – 19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
08 – GIRA DO POVO DO ORIENTE E CIGANOS – 19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
15 – TRABALHO INTERNO – APENAS MÉDIUNS – PREPARAÇÃO PARA CARNAVAL – 19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
22 – NÃO HAVERÁ GIRA – QUARTA – FEIRA DE CINZAS
25/02 – Louvor aos Orixás e Gira de Exus – 17:30 h ( SÁBADO )

MARÇO

07 – GIRA DE CABOCLOS E EXUS – 19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
14 – GIRA DO POVO DO ORIENTE E CIGANOS – 19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
21 – GIRA PRETOS VELHOS E IBEJADAS – 19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
28 – ESTUDO E DESENVOLVIMENTO – 19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
31/03 – Louvor aos Orixás e Gira de Exus  – 17:30 h ( SÁBADO )

A PEMBA E O PONTO RISCADO NA UMBANDA


Vemos nos terreiros vários objetos sendo usados como instrumentos de trabalho, são poderosos elementos energéticos que facilitam a ação espiritual beneficiando o assistido. Entre tantos elementos como águas, charuto, pedras, ervas, velas, toalhas, quero chamar a atenção para a PEMBA.


A pemba é um dos elementos de maior poder energético que a Umbanda tem e é usada durante, antes e depois de uma gira espiritual acontecer, além disso, é um elemento que representa e atua na Umbanda em todos os sentidos e de várias formas. Não é à toa que nos referimos aos médiuns umbandistas como “filhos de pemba”, não é à toa que a pemba não pode faltar em qualquer ato ritualístico da Umbanda, seja casamento, batizado, ato fúnebre ou mesmo nas giras assistenciais, não é à toa que, antes do atendimento assistencial, pontos são riscados pelos guias e, com certeza, conhecem coisas que nós nem fazemos ideia.


Quando ela é usada como pó junto com a energia do sopro, envolve todo o ambiente e todos os espíritos encarnados e desencarnados de forma poderosíssima, iniciando um trabalho de limpeza, harmonização ou até de descarga;  claro que isso depende da composição dos elementos adicionados à pemba que está sendo utilizada e da forma que é soprada essa pemba.


Quando usada nos Pontos Riscados, o símbolo riscado transforma-se em um Símbolo Sagrado com grande Poder de Ação, traz toda a força misteriosa da “Grafia dos Orixás” que são signos e símbolos magísticos que abrem ou fecham portais, que trazem ou repelem energias, ativam ou desativam forças astrais e da natureza,  portanto têm o poder de fechar, trancar, abrir, quebrar, direcionar, harmonizar, transformar, equilibrar os Terreiros, assim como os médiuns pois atuam em seus campos mediúnicos.


Importante comentar que a escrita mágica simbólica com seus infinitos signos e símbolos é tão antiga quanto a humanidade e são encontrados pelos arqueólogos em construções antiquíssimas, em túmulos, dentro de templos religiosos, lugares de cultos, seitas. Mesmo porque a comunicação escrita surge através de símbolos, traços, pontos e não através de letras como estudamos hoje. Portanto, essa escrita mágica simbólica, usada pelos guias espirituais, não é propriedade da Umbanda e sim, é um bem colocado à disposição da humanidade pelos povos antigos e pelos seres espirituais superiores que dela muito tem se servido no decorrer dos séculos.


A Pemba também é usada no médium como forma de Cruzamento, esse ato melhora a mediunidade, protege, potencializa o dom mediúnico etc. O Cruzamento com Pemba é um ritual utilizado na Umbanda importantíssimo. Sabemos que um médium de incorporação antes de iniciar seus trabalhos espirituais tem que ser cruzado abrindo e fechando canais energéticos, magnéticos e divinos.


Claro que não para por aqui, mas acredito que com essas informações dá para se ter uma idéia de como é necessário o conhecimento e o bom senso, afinal é necessário saber confeccionar e consagrar uma pemba, saber preparar as misturas e saber assoprá-las, saber o que representa, pelo menos alguns Símbolos Sagrados e suas funções, direções, energias, pontos de entrada e saída.


Saiba que, infelizmente, têm muitas pessoas riscando pontos aleatoriamente sem um pingo de cuidado e conhecimento e, com isso, estão abrindo portais negativos, ativando baixo astral e, pior, invertendo pontos Sagrados sem ao menos se darem conta do reflexo de suas ações. Saiba, o mau uso da Pemba ou do Ponto riscado pode levar a consequências imprevisíveis, comparáveis as de um leigo em assuntos de eletricidade, entrando numa casa de força e pondo-se a manejar as chaves ou embaralhando os fios, o que acabará provocando curtos-circuitos, incêndios e eletrocussões em si e nos outros.


Não podemos esquecer que simbolicamente a PEMBA é a caneta da Umbanda, é com ela que registramos todas nossas ações no Livro Sagrado da Lei.


Espero que com isso esclarecido acenda-se  a Luz  do Conhecimento, da Responsabilidade e do Bom Senso sobre todos e que, acima de tudo, nos tornemos capacitados para lidar com tantas coisas Sagradas e com tantas pessoas necessitadas.


Fica aqui meu apelo: ESTUDEM…
Chega de boas intenções. Precisamos SABER, ENTENDER e AGIR COM RESPONSABILIDADE E SABEDORIA.
Mesmo porque, de boas intenções o inferno está cheio…


Axé a todos, aproveitem essas poucas informações sobre a pemba e os pontos riscados e estimulem-se a estudar mais a Umbanda e seus fundamentos.


Para fechar, uma curiosidade:


COMO ERA FABRICADA A PEMBA
Era privilégio do sacerdote mais velho da tribo a direção dos trabalhos da fabricação da pemba, esta era feita por moças virgens em completo jejum presididas pelo sacerdote, que durante a fabricação não podia tomar alimento de espécie alguma nem beber água, apenas fumava o seu cachimbo, que era considerado sagrado. Durante três dias e três noites e às vezes mais, era trabalhada a pemba, acompanhada por música de congo, as virgens cantavam sem cessar preces à Virgem, para que ela transmitisse todas as suas virtudes às virgens. Depois de pronta a pemba era posta a secar sem que apanhe sol, guardada em um terreno por virgens e guardas indígenas que impediam que algum ladrão viesse a se apoderar de algumas. Isto feito, a pemba era guardada em vasilhas de palha para serem empregadas nas grandes cerimônias.


Trechos retirados da apostila “PONTO RISCADO & PEMBA NA UMBANDA”, material didático que pertence ao grupo de estudo Ponto Riscado e Pemba na Umbanda ministrado por mãe Mônica Caraccio no Centro Cultural e Social de Umbanda Carismática


Escrito por Mãe Mônica Caraccio


Retirado do site: http://www.minhaumbanda.com.br

Intolerância religiosa e os nossos direitos!

"A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição. Sendo definida como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana, a perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em comum certas crenças.
As liberdades de expressão e de culto são asseguradas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal. A religião e a crença de um ser humano não devem constituir barreiras a fraternais e melhores relações humanas. Todos devem ser respeitados e tratados de maneira igual perante a lei, independente da orientação religiosa. 
O Brasil é um país de Estado Laico, isso significa que não há uma religião oficial brasileira e que o Estado se mantém neutro e imparcial às diferentes religiões. Desta forma, há uma separação entre Estado e Igreja; o que, teoricamente, assegura uma governabilidade imune à influência de dogmas religiosos. Além de separar governo de religião, a Constituição Federal também garante o tratamento igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que sejam suas crenças. Dessa maneira, a liberdade religiosa está protegida e não deve, de forma alguma, ser desrespeitada.

Há casos de explícita agressão física e moral a pessoas de diferentes religiões, levando até mesmo a homicídios. Entretanto, muitas vezes o preconceito não é mostrado com nitidez. É comum o agressor não reconhecer seu próprio preconceito e ato discriminatório. Todavia, é de fundamental importância a vítima identificar o problema e denunciá-lo. 
O agressor costuma fazer uso de palavras ofensivas ao se referir ao grupo religioso atacado e aos elementos, deuses e hábitos da religião em questão. Há também casos em que o agressor desmoraliza símbolos religiosos, queimando bandeiras, imagens, roupas típicas e etc. Em situações extremas, a intolerância religiosa pode se tornar uma perseguição que visa o extermínio de um grupo com certas crenças, levando a assassinatos, torturas e enorme repressão."  Retirado do site: http://www.guiadedireitos.org


      Umbandistas, candomblecistas, místicos, esotéricos, espíritas kardecistas, espiritualistas; não podemos mais permitir que sejamos vítimas de atos preconceituosos para conosco, por simplesmente possuirmos outra crença. Somos iguais, perante as leis e perante ao Criador. Também temos o direito de dizer qual é a nossa religião quando somos perguntados. Não podemos mais ser perseguidos por uma camada fanática de evangélicos e de alienados que os seguem irracionalmente. Há lei para nos amparar. Religião não caracteriza ninguém, indifere do caráter e das boas ações de cada um, por tanto merecemos respeito para com nossas crenças, nossos guias, nossos objetos de culto e nossas opiniões.
      O mundo é diverso, cada povo em cada canto da Terra vê Deus e seus protetores da sua maneira. As diversas religiões que existem e já existiram no mundo são extensas fontes de culturas para a humanidade. Cada qual tem a sua beleza, os seus valores. O Judaísmo, o budismo, o xintoísmo, o islamismo, o cristianismo, as seitas africanas, a umbanda, o candomblé, as crenças indígenas, cada qual tem o seu valor cultural e moral e devem ser respeitadas.
      Não podemos mais nos esconder e abaixar nossas cabeças, em pleno século XXI precisamos nos unir para que os nossos direitos, que já são garantidos por lei possam ser exercidos. Abaixo a discriminação religiosa. Não quero ser tolerado, quero ser respeitado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!111