sábado, 5 de outubro de 2013

FESTA DE IBEJADAS

Gostaria de agradecer a todos os membros e amigos da casa que participaram da nossa festa das crianças, no último dia 28/9. A energia foi mágica, pura e radiante. Que as bênçãos de todas as Ibejadas possam cubrir nossos caminhos de alegria, renovando nossas energias a cada despertar do sol.



sábado, 21 de setembro de 2013

QUESTIONÁRIO PERFIL UMBANDA



Amigos e irmãos da Umbanda, peço que preencham o questionário abaixo, que faz parte de um trabalho de pesquisa sobre a religião. Nada político, apenas parte de um trabalho que será apresentado no Terreiro Vovó Catarina, em Mesquita - RJ, em comemoração ao dia da Umbanda.

É rapidinho. Favor clicar no link ou copiar e colar no navegador.


https://docs.google.com/forms/d/1SKij0Yb0syZ7C2kuVq6oimwP8VefQeYlhFqM9IwsxXQ/viewform

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Salve Ibejadas !


Ibeiji



Ibeiji, o único Orixá permanentemente duplo. É formado por duas entidades distintas e sua função básica é indicar a contradição, os opostos que coexistem. Num plano mais terreno, por ser criança, a ele é associado tudo que se inicia: a nascente de um rio, o germinar das plantas, o nascimento de um ser humano.
No dia de Ibeiji, 27 de setembro (o mesmo de Cosme e Damião, com quem são sincretizados), é costume as casas de culto abrirem suas portas e oferecerem mesas fartas de doces e comidas para as crianças, elevadas à condição de representantes na terra do Orixá.
Regem a falange das crianças que trabalham na Umbanda.

Características

Cor
Rosa e azul (branco, colorido)
Fio de Contas
Na umbanda azul e rosa. No Candomblé, contas e miçangas leitosas coloridas.
Ervas
jasmim, alecrim, rosa
Símbolo
Gêmeos
Pontos da Natureza
Jardins, praias, cachoeiras, matas...( as crianças vibram em todos os pontos da natureza )
Flores
Margaridas, rosa mariquinha, rosa cor de rosa.
Essências
De frutas
Pedras
Quartzo rosa
Metal
Estanho
Saúde
Alergias, anginas, problemas de nariz, raquitismo, acidentes
Planeta
Mercúrio
Dia da Semana
Domingo
Elemento
Fogo
Chakra
Todos, especialmente o Laríngeo
Saudação
Oni Beijada – “Ele é dois” ou “ Salve os dois “
Bebida
Guaraná (Suco de frutas, água de coco, água com mel, água com açúcar, caldo de cana)
Animais
Coelhos e animais de estimação.
Comidas
Caruru, doces e frutas.
Numero
2
Data Comemorativa
27 de Setembro
Sincretismo:
São Cosme e São Damião

Atribuições

Zelar pelo Parto e Infância. Promover o amor(união), a harmonia e o equilíbrio entre os sentimentos.

São a alegria que contagia a Umbanda. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. Podemos pedir-lhes ajuda para os nossos filhos, resolução de problemas, fazer confidências, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles não atendem pedidos dessa natureza.
São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces.
Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também tem funções bem específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás, sendo extremamente respeitados pelos caboclos e pelos pretos-velhos.
É uma falange de espíritos que assumem em forma e modos, a mentalidade infantil. Como no plano material, também no plano espiritual, a criança não se governa, tem sempre que ser tutelada. Ibeijada, Erês, Dois-Dois, Crianças, Ibejis, são esses vários nomes para essas entidades que se apresentam de maneira infantil.
No Candomblé, o Erê, tem uma função muito importante. Como o Orixá não fala, é ele quem vem para dar os recados do pai. Ainda no Candomblé, o Erê tem muitas outras funções, o Yaô, virado no Erê, pode fazer tudo o que o Orixá não pode, até mesmo as funções fisiológicas do médium, ele pode fazer. O Erê muitas vezes em casos de necessidade extrema ou perigo para o médium, pode manifestar-se e trazê-lo para a roça, pegando até mesmo uma condução se for o caso.
Na Umbanda mais uma vez, vemos a diferença entre as entidades/divindades. A Criança na Umbanda é  uma manifestação de um espírito cujo desencarne normalmente se deu em idades infanto-juvenis. São tão barulhentos como os Erês,  embora alguns são bem mais tranqüilos e comportados.
No Candomblé, os Erês, tem normalmente nomes ligados ao dono da coroa do médium. Para os filhos de Obaluaiê, Pipocão, Formigão, para os de Oxossi, Pingo Verde, Folinha Verde, para os de Oxum, Rosinha, para os de Yemanjá, Conchinha Dourada e por ai vai. 
As Crianças da Umbanda tem os nomes relacionados normalmente a nomes comums, normalmente brasileiros. Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho, Cosminho, etc...
As crianças de Umbanda comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas, os Erês do Candomblé além desses, comem frangos e outras comidas ritualisticas como o Caruru, etc...  Isso não quer dizer que uma Criança de Umbanda não poderá comer Caruru, por exemplo. Com Criança tudo pode acontecer.
Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessária muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida.
Os "meninos" são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as "meninas" são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc... Estas características, que às vezes nos passam desapercebido, são sempre formas que eles têm de exercer uma função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência.
Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente são atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a cobrança que elas fazem dos presentes prometidos também é. Nunca prometa um presente a uma criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a "brincadeira" (cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão "engraçada" assim.
Poucos são aqueles que dão importância devida às giras das vibrações infantis.
A exteriorização da mediunidade é apresentada nesta gira sempre em atitudes infantis. O fato, entretanto, é que uma gira de criança não deve ser interpretada como uma diversão, embora normalmente seja realizada em dias festivos, e às vezes não consegamos conter os risos diante das palavras e atitudes que as crianças tomam.
Mesmo com tantas diferenças é possível notar-se a maior características de todos, que é mesmo a atitude infantil, o apego a brinquedos, bonecas, chupetas, carrinhos e bolas, como os quais fazem as festas nos terreiros, com as crianças comuns que lá vão a busca de tais brinquedos e guloseimas nos dias apropriados. A festa de Cosme e Damião, santos católicos sincretizados com Ibeiji,  à 27 de Setembro é muito concorrida em quase todos os terreiros do pais. 
Uma curiosidade:  Cosme e Damião foram os primeiros santos a terem uma igreja erguida para seu culto no Brasil. Ela foi construída em Igarassu, Pernambuco e ainda existe.
As festas para Ibeiji, tem duração de um mês, iniciando a 27 de setembro (Cosme e Damião) e terminando a 25 de outubro, devido a ligação espiritual que há entre Crispim e Crispiniano com aqueles gêmeos, pela sincretização que houve destes santos católicos com os "ibejis" ou ainda "erês" (nome dado pelos nagôs aos santos-meninos que têm as mesmas missões.
Nas festas de ibeiji, que tiveram origem na Lei do ventre-Livre, desde aquela época até nossos dias, são servidos às crianças um "aluá" ou água com açúcar (ou refrigerantes adocicados no dia de hoje), bem como o caruru (também nas Nações de Candomblés).
Não gostam de desmanchar demandas, nem de fazer desobsessões. Preferem as consultas, e em seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano.
Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles.

Muitas entidades que atuam sob as vestes de um espírito infantil, são muito amigas e têm mais poder do que imaginamos. Mas como não são levadas muito a sério, o seu poder de ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos.

MOVIMENTO UMBANDA DO AMANHÃ


http://www.mudaumbanda.com.br

O MUDA – Movimento Umbanda do Amanhã, é um movimento apolítico, formado por Casas Umbandistas, e que tem como principal objetivo divulgar a Umbanda, dirimindo quaisquer dúvidas ou mal entendidos que existam sobre essa religião.  

Não se trata de nenhum movimento codificador, vide que cada uma das Casas formadoras tem sua forma específica de praticar a Umbanda, mas sim um Movimento que procura resgatar o valor da Umbanda perante a sociedade, combatendo preconceitos e divulgando as premissas básicas da Umbanda. 

domingo, 15 de setembro de 2013

CALENDÁRIO SETEMBRO


SETEMBRO

04 – GIRA DE CABOCLOS E EXUS – 19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
11 – GIRA DO POVO DOS CIGANOS – 19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
18 – GIRA DE PRETOS VELHOS E IBEJADAS– 19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
25 – SESSÃO DA ROSA BRANCA – 19:00 H ( QUARTA-FEIRA )

27 - ARRUMAÇÃO DO TERREIRO, ESTUDO E DESENVOLVIMENTO. – SEXTA-FEIRA.

28 – Louvor aos Orixás, Festa das Crianças Espirituais ( Ibejadas ) – 17:30 h ( SÁBADO )

terça-feira, 10 de setembro de 2013

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

OBRIGADO PAI OBALUAYÊ


Já em setembro, com a sensação dos deveres cumpridos, agradecemos a Obaluayê por tanto abençoar-nos para que tenhamos sempre força, luz, inspiração e energia para compartilhar com todos que buscam o aconchego da IULA. Benção meu Senhor. Foto da gira festiva ocorrida em agosto.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

RÁDIO CLARIEA UMBNDA

TRANSMITIDA PELA WWW.RADIOCLAREIAUMBANDA.COM.BR
OU AQUI NO NOSSO BLOG MESMO.

COM PROGRAMAÇÃO AO VIVO, SEGUNDAS E QUINTAS-FEIRAS, ÀS 22H.



PARTICIPAÇÃO AO VIVO, COMENTANDO AQUI NESTE TÓPICO, AQUI EM BAIXO NO LINK COMENTÁRIOS OU PELO FACEBOOK, IRMANDADE UMBANDISTA LUZ DE ARUANDA, ATRAVÉS DO CHAT. CONTO COM VOCÊS. ATÉ LÁ...

sábado, 27 de julho de 2013

SALUBA NANÃ !

                

                Neste dia, 26 de julho, a Umbanda comemora e homenageia o Orixá Nanã ou Nanã Buruquê, como muitos a chamam. Nanã é sincretizada como Senhora Sant’Ana, a avó de Jesus, mãe de Maria, que a ensinou sobre o amor e as escrituras sagradas. Nanã representa a ancestralidade, e junto com Obaluayê, governa a Linha das Almas na espiritualidade.
                Nanã é Orixá sério e dócil, severa e paciente, é início e fim, barro e água. É Orixá antigo na África, onde também é associada a criação do mundo e dos seres. Nanã é responsável por orientar e cuidar dos nossos Karmas, moldando  nossas almas nos sucessivos encarnes e desencarnes que passamos. É mãe que nos acolhe de volta e nos modela, barro e água, corpo e espírito para novos trajetos.
                Nanã tem seus cultos originários das terras Daomé, onde é mãe de Orixás importntes nos candomblés de Jeji, como Obaluayê (SAPATÁ), Oxumaré (DAN) e Ossain (AGUÉ). É orixá que vibra na cor lilás, cor que estimula a transmutação rumo a evolução espiritual e que representa a sabedoria e a consciência mística. O número místico de Nanã na umbanda é o treze (13), o dia da semana é a segunda-feira e dentre suas principais ervas, podemos destacar o saião, a dama da noite, a quaresmeira e também o tapete de Oxalá. Pela ligação com Oxalá também vibra muito na cor branca. Seus símbolos são objetos de barro, além do ibiri, que é um objeto composto por vários feixes de palitos de dendezeiro, representando as  almas, sendo embaladas por Nanã, que as segura como filhos seus.
                Mãe Nanã também representa a chuva, que irriga toda a terra, enriquecendo-a para gerar mais vida; chuva também que arrasta os nutrientes do solo, nutrientes oriundos de partes mortas dos seres vivos, levando-os para servir de vida em outras terras. Nanã é a morte que reside no âmago da vida, que possibilita o renascimento.
Seus adeptos dançam com a dignidade que convém a uma senhora idosa e respeitável. Seus movimentos lembram um andar lento e penoso, apoiado num bastão imaginário.  Em certos momentos, viram para o centro da roda e colocam seus punhos fechados, um sobre o outro, parecendo segurar um bastão. Em determinada atribuição cuida dos mortos enquanto seus corpos se decompõem no lodo, se preparando para formarem novos seres. É Ela que nos protege contra feitiços e perigos de morte. 
                Nanã representa a ancestralidade, a perpetuação da cultura através do respeito aos mais velhos, portanto sua energia é avessa à tecnologia, ao metal e ao que é moderno. Seus filhos são sérios e dóceis; tendenciosos ao feitiço; lentos, resmungões e rabugentos, além de conservadores. Geralmente são muito ligados a religiosidade e a família.
                Nanã vibra nos manguezais, nas lagoas e nas águas subterrâneas dos poços, além dos cruzeiros das Almas. Os ímãs de trabalho para obrigações votivas são a água mineral, velas brancas ou lilás, flores brancas e lilás, além dos pratos descritos abaixo:
a)      Efó: folhas de mostarda ou taioba batidas com a colher de pau, refogadas com azeite, camarões secos e cebola.
b)      Omolocum de Nanã: omolocum de feijão branco, adornado com 4 ou 7 ovos em forma de cruz.
c)       Flor de Nanã: flor composta pelo miolo, feito de batata doce cozida e amassada com mel e as pétalas feitas de folhas de repolho roxo. Decora-se ainda com grãos de feijão preto e branco.
d)      Arroz da avó: arroz feito com beterrabas e repolho roxo, também podendo usar berinjelas; temperado com camarão seco, cebola e azeite.
e)      Bolinhos de Nanã: bolinhos feitos de batata doce cozida e mel, adornados em um prato de barro com folhas de cana-do-brejo. Usam-se 13 bolinhos.


quarta-feira, 29 de maio de 2013

RÁDIO CLAREIA UMBANDA


A nossa web rádio com pontos e cantigas 24 horas no ar. Mais um cantinho na internet da IULA para compartilharmos com vocês, queridos irmãos e amigos. Teremos programações ao vivo também, não percam e divulguem. Pontos novos e antigos, selecionados para você curtir o som dos terreiros.

terça-feira, 21 de maio de 2013

CIGANOS NA UMBANDA


              

                  As giras do povo cigano dentro da umbanda tem se tornado cada vez mais comuns nos terreiros. Há duas décadas atrás eram muito raros terreiros que trabalhassem com essa linhagem. Com toda sua magia, cores e particularidades, as falanges ciganas vem atraindo cada vez mais simpatizantes para o culto umbandista e deixando sua marca  com giras e festas sempre muito bonitas e alegres.
            As ciganas e ciganos da espiritualidade chegaram ao culto de umbanda através de entidades denominadas exus ciganos e pombagiras ciganas. Estas entidades abriram caminhos para a chegada dos demais espíritos ciganos. Trabalharam por muito tempo e ainda trabalham nas giras de exus, pois são exus, porém com encarnações ciganas em suas histórias de vida. Recebem oferendas que tem elementos de exus e de ciganos, são alegres, sábios, extrovertidos, trabalham sempre dançando e cantando. Eles preparam a umbanda, médiuns e dirigentes para que espíritos de cultura cigana pudessem finalmente complementar o trabalho das casas de santo.
            Os espíritos que trabalham nas giras ciganas não são exus em sua maioria, pois ainda existem exus e pombagiras ciganas, eles são encantados, são espíritos que tiveram encarnações ciganas e conviveram com a cultura cigana. São espíritos que viveram em todas as partes do mundo, Índia, Europa, Ásia num todo, enfim, sabemos que por todas as regiões do mundo passaram grupos de andarilhos nômades. Cada grupo com sua origem e particularidade, com seus costumes próprios, suas línguas e danças. A língua dos ciganos é o Romaní, porém como passaram por todo o mundo, cada grupo fala também o idioma dos locais onde viveram. Ao incorporar,a grande maioria destes espíritos são preparados para utilizar a língua do médium e da comunidade que atendem; alguns no entanto, de desencarne mais recente ainda utilizam a língua de suas últimas encarnações ou apresentam sotaques vestigiais em suas falas.
            Os ciganos adoram o colorido, dessa forma, as giras e trabalhos ciganos são sempre muito bonitos visualmente e espiritualmente. Grupos de diferentes culturas ciganas descem à Terra e se confraternizam numa mesma sessão, trazendo elementos e formas de trabalho diferentes, dependendo de sua evolução, suas vidas passadas e seu aprendizado. Por tanto é comum vermos ciganas que utilizam leques, outros que utilizam baralhos, outros que lêem as mãos, outros que trabalham bebendo apenas água, alguns que fumam, outros que não, ciganas com pandeiros, castanholas, lenços, punhais; enfim a gira cigana é uma explosão de cores e elementos e, também, de sabedoria.
            Os espíritos ciganos trabalham na umbanda de forma livre, como também viveram na Terra nesta forma. Assim, eles não estão presos a nenhuma linha de trabalho, constituem uma linha auxiliar de trabalho, servindo a todos os Orixás e demais falanges. Trabalham para todos os fins, em especial, cura, amor e negócios. As ciganas são grandes feiticeiras do amor. Amam a vida e só fazem o que amam, vivem o amor e para o amor; os ciganos são ótimos negociantes, gostam de trabalhar para comércios e negócios em geral; e os ciganos e ciganas mais ligadas ao povo oriental, trabalham muito com a cura, com a fluidificação de água, chás e passes mediúnicos.
            Os andarilhos são misteriosos e alguns deles trabalham com seus médiuns toda uma vida sem revelar seus nomes, identificando-se apenas como Cigana da Estrada, Cigano Andarilho, Cigana das Almas, entre outros nomes; mas quando o médium busca conhecimento e os ciganos passam a confiar em seus aparelhos (confiança é um valor muito importante nas tribos ciganas), eles revelam seus nomes, que geralmente são nomes de uma encarnação cigana destes espíritos na Terra, seguidos ou não de seus lugares de origem ou elemento da natureza em que atuam. Por exemplo, são espíritos e falanges comuns na umbanda: Cigana Rosa, Cigano Wladmir, Cigana Esmeralda dos Ventos, Cigana Carmem de Sevilha, Cigano Ramiro Marroquino, Cigano Ramiro do Oriente, Cigana Sandra, Cigana Yasmin, Cigana Helena, Cigana Joana, Cigana Ísis do Oriente, Cigana Rayane, Cigana Mel, Cigana Melissa, Cigana Marroquina, Cigana Ametista, Cigana Sara, Cigana Sulamita, Cigana Rosita, Cigana Carmensita, Cigano Ramom, Cigano Pablo, Cigano Rafael, Cigano Diego, Cigano Heitor, Cigano Juan, Cigano Juanito, Cigano Agmom, Cigana Morgana, Cigana Íris, Cigana Elisa, Cigana Conchita, Cigano Henrique, Cigano Dário, Cigano Hiago, Cigana Cristal, Cigana Lua, Cigana Raio de Sol, entre outros espíritos ciganos.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

23 de Abril - Conto com todos os irmãos de fé!


Vamos nos unir para fazermos uma bonita homenagem a São Jorge e uma noite de louvores e fé a Pai Ogun.
Terreiros interessados em participar, nos contacte, estamos em Duque de Caxias.
Confraternizaremos com uma apetitosa feijoada!

segunda-feira, 11 de março de 2013

CAMPANHA DO LEITE EM PÓ





A Irmandade Umbandista Luz de Aruanda e a Comunidade do Parque das Missões agradecem a todos que participaram das campanhas de janeiro e fevereiro com a doação de leite em pó para famílias carentes com crianças. Gostaríamos de estender este projeto, que ainda é tímido, mas recheado de boas intenções, sem nenhum apoio e envolvimento político, para ajudarmos mais famílias. Contamos com todos vocês, amigos e simpatizantes da IULA.
Que tragam, quando possível, pacotes de leite em pó para organizarmos e continuarmos a nossa ação. Agradecemos a boa vontade da voluntária Fabiana, sempre solícita e caridosa e que já possui um trabalho voluntário na comunidade.
Recebemos os pacotes de leite em todas as sessões. 

sexta-feira, 8 de março de 2013

PARABÉNS MULHERES!

PARABÉNS A TODAS AS MULHERES, PELO DIA DE HOJE E POR TODOS OS DIAS.

Hoje, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Uma data em memória as cerca de 130 operárias queimadas vivas, em 1857, numa fábrica de tecidos em Nova York, após fazerem greve reivindicando melhores condições de trabalho.


Hei! Linda Estrela! Aquela que faz de simples dias Dias especiais. Que ilumina A profunda escuridão. Você é a razão da beleza Do encanto e da magia. Você é a presença da ternura Com jeito de atrevida Ou com rosto de Anjo. Você é uma estrela Aos olhos de Deus... Linda estrela Repleta de Sabedoria E compreensão. Você sabe seduzir Sabe conquistar... Sem seu brilho A beleza não existiria O encanto não seduziria. Seus olhos Hipnotizam a todos a sua volta. Seu sorriso é a arma Que acerta o alvo Chamado Corações, Que facilmente se torna dona deles. Porque és um estrela abençoada Estrela chamada Mulher.


domingo, 3 de março de 2013

DIREITOS HUMANOS? HORA DE AGIRMOS


Deputado-pastor que odeia negros e gays no comando dos Direitos Humanos?

Postado em: 1 mar 2013 às 8:40

A imagem abaixo é de Marco Feliciano, o pastor-deputado que ganhou destaque no Congresso por frases como “Aids é um câncer gay”, “Negro é negro e não pode mudar, diferente dos homossexuais” e “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé”

Todos que já se mobilizaram para colher assinaturas em tantas outras causas das mais diversas não devem agora permitir que alguém reconhecido pela intolerância presida uma Comissão tão importante como a de Direitos Humanos.Assine aqui a petição que exige a imediata destituição do Pr. Marco Feliciano da Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.
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deputado pastor marco feliciano direitos humanos
O pastor-deputado Marco Feliciano, provável futuro presidente da Comissão dos Direitos Humanos. Petição do Avaaz pede sua destituição imediata
O deputado Marcos Feliciano (PSC-SP), que já classificou os africanos como “descendentes amaldiçoados de Noé”, avisa: “Nunca me passou pela cabeça presidir a Comissão de Direitos Humanos, mas agora com tanto ataque, deu até vontade (sic)”.
A vontade manifestada no Twitter pelo deputado, escritor, cantor e apresentador de tevê é resultado de uma avalanche de críticas sofridas desde que o seu Partido Social Cristão foi escolhido para comandar a comissão responsável pela defesa das minorias na Câmara. A bancada do partido tem hoje 16 deputados. Feliciano, declaradamente contrário a bandeiras como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, é o favorito para assumir a liderança do grupo.
A escolha do PSC para a comissão causou arrepios nos grupos de defesa dos direitos humanos. As críticas são lideradas até aqui pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), defensor da bandeira gay no Congresso que viu a escolha como uma forma de “barrar a extensão da cidadania plena às minorias”. “O PT ter aberto mão da CDHM é sintoma de um pendor do partido para o conservadorismo e a manutenção de poder que é irreversível”, escreveu.
A ojeriza parece justificada. Em setembro, Wyllys manifestou repúdio, em artigo publicado no site Brasil 247, a um discurso feito pelo deputado/pastor em um congresso evangélico no qual se referia à Aids como “câncer gay”. O deputado do PSOL classificou a fala como “um alarde da desonestidade intelectual e injúria contra os homossexuais”. E apresentou números, baseados em estudos da ONU, para mostrar que a associação entre a doença e a orientação sexual tinha base na ignorância, mas não na realidade.
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A resposta de Feliciano, hoje cotado para representar as minorias acusadas por ele de espalhar as doenças sexualmente transmissíveis, foi uma pérola. Em seu site, ele escreveu, com o apuro digno de uma criança de doze anos, que, dentro da igreja, tinha assegurada pela Constituição a total liberdade de manifestação. Sentado nessa total liberdade, insistiu: “A própria ciência revela o predomínio de infecção por esta doença em pessoas manifestamente homossexuais, tanto é verdade que quando se doa sangue na entrevista se for declinada a condição de homossexual essa doação é recusada”.
Número que é bom, nada. (Obviamente, não faltou ao deputado a menção de que não tinha “nada contra” os homossexuais. Explicou, dessa maneira, que a Bíblia ensina a amar o pecador e não o pecado).
Após ter seu nome citado como possível líder das minorias na Câmara, o deputado declarou ao site do jornal O Estado de S.Paulo, na quinta-feira 28, que a comissão se tornou um espaço de defesa de “privilégios” de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais. “Se tem alguém que entende o que é direito das minorias e que já sofreu na pele o preconceito e a perseguição é o PSC, o cristianismo foi a religião que mais sofreu até hoje na Terra”. Pouco depois, voltou ao Twitter para dizer: “Fui obrigado a dar Block’s em alguns arruaceiros. Turminha desbocada viu? Faça algo q contrarie os GLBTs e esteja pronto pra ser massacrado”.
O deputado talvez entenda de perseguição, mas parece não ter ideia do que seja privilégio. No mundo ideal, sua incitação ao ódio seria bem acomodada em outro grupo: a Comissão das Trevas e Valores Medievais.
fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br

PARA ASSINAR A PETIÇÃO CONTRA ESTE IDEOLOGISTA RACISTA :  COPIE E COLE O LINK NO SEU NAVEGADOR!!!!!!!!!!!! É RÁPIDO!
http://www.avaaz.org/po/petition/Imediata_destituicao_do_Pr_Marco_Feliciano_da_Presidencia_da_Comissao_de_Direitos_Humanos_da_Camara_Federal/?pv=4

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

CAMPANHA DO LEITE EM PÓ

A Irmandade Umbandista Luz de Aruanda retorna com a campanha de doação, recolhimento e distribuição de leite em pó para crianças carentes. Este ano escolhemos ajudar as crianças do Parque das Missões( Duque de Caxias - RJ), comunidade onde há muita pobreza e muita desnutrição ou má nutrição infantil. Estou contando com a ajuda de uma voluntária que já trabalha com campanhas nesta comunidade, Fabiana. Gostaria de pedir aos membros e amigos deste blog que nos auxiliem, divulgando e colaborando nesta campanha, que é tímida, mas sem fins lucrativos e nem promocionais.
Tragam suas doações nos dias de sessões ou nos telefonem para que combinemos uma melhor forma.

José Carlos - dirigente da I.U.L.A
Tel: (21)  7642-2816

domingo, 20 de janeiro de 2013

ORAÇÃO DE OXOSSI


OKÊ CABOCLOS!



Os Caboclos

 São os nossos amados Caboclos os legítimos representantes da Umbanda, eles se dividem em diversas tribos, de diversos lugares formando aldeias, eles vem de todos os lugares para nos trazer paz e saúde, pois através de seus passes, de suas ervas santas conseguem curar diversos males materiais e espirituais. A morada dos caboclos é a mata, onde recebem suas oferendas, sua cor é o verde transparente para as Caboclas e verde leitoso para os Caboclos, gostam de todas as frutas, de milho, do vinho tinto (para eles representa o sangue de Cristo), gostam de tomar sumo de ervas e apreciam o coco com vinho e mel.

Existem falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros; são eles trabalhadores de Umbanda e chefes de terreiros. As vezes os caboclos são confundidos com o Orixá Oxossi, mas eles são simplesmente trabalhadores da umbanda que pertencem a linha de Oxossi, embora sua irradiação possa ser de outro Orixá.
A sessão de caboclos é muito alegre, lembra as festas da tribo. Eles cantam em volta do axé da casa como se estivessem em volta da fogueira sagrada, como faziam em suas aldeias. Tudo para os caboclos é motivo de festa como casamento, batizado, dia de caçar, reconhecimento de mais um guerreiro, a volta de uma caçada.
Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham "incorporados" a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.
Estão sempre em busca de uma missão, de vencer mais uma demanda, de ajudar mais um irmão de fé. São de pouco falar, mais de muito agir, pensam muito antes de tomar uma decisão, por esse motivo eles são conselheiros e responsáveis.
Os Caboclos, de acordo, com planos pré-estabelecidos na Espiritualidade Maior, chegam até nós com alta e sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância, por serem espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos. Espíritos que foram médicos na Terra, cientistas, sábios, professores, enfim, pertenceram a diversas classes sociais, os Caboclos vêm auxiliar na caridade do dia a dia aos nossos irmãos enfermos, quer espiritualmente, quer materialmente. Por essas razões, na maior parte dos casos, os Caboclos são escolhidos por Oxalá para serem os Guias-Chefes dos médiuns, ou melhor, representar o Orixá de cabeça do médium Umbandista (em alguns casos os Pretos-Velhos assumem esse papel).
Na Umbanda não existe demanda de um Caboclo para Caboclo, a demanda poderá existir de um Caboclo, entidade de luz, para com um "kiumba" ou até mesmo contra um Exu, de pouca luz espiritual.
A denominação "caboclo", embora comumente designe o mestiço de branco com índio, tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as almas de todos os índios antes e depois do descobrimento e da miscigenação.
Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico, curas (através de ervas e simpatias), desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma série de outros serviços e atividades executados nas tendas.
Os caboclos não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam. Eles prestam serviços também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de "mesa branca". No panorama espiritual rente à Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam a força. Os índios, que são fortíssimos, mas de almas simples, generosas e serviçais, são utilizados pelos espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa da agressão e da bagunça. São também utilizados pelos guias, nos casos de desobsessão pois, pegam o obsessor contumaz, impertinente e teimoso, "amarrando-o" em sua tremenda força magnética e levando-o para outra região.
Os caboclos são espíritos de muita luz que assumem a forma de "índios", prestando uma homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas.
Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização.
Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma energia e força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existem trabalhos de magia que concedam empregos e favores, isso não é verdade. O trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepará-lo para que nós consigamos o nosso objetivo.
A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa
Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, nos seus trabalhos de magia costumam usar pemba, velas, essências, flores, ervas, frutas e charutos.
Quase sempre os caboclos vêm na irradiação do Orixá masculino da coroa do médium e as caboclas vêm na irradiação do Orixá feminino da coroa do médium; mas, eles(as) podem vir também na Irradiação do seu próprio Orixá de quando encarnados e até mesmo na irradiação do povo do Oriente.

Onde Vivem Os Caboclos ?

Muitos já ouviram falar que os Caboclos quando se despedem do terreiro, onde atuam incorporados em seus médiuns, dizem que vão para a cidade de Juremá. Outros falam subir para o Humaitá, e assim por diante.
Sabemos, no entanto, que os Caboclos não voltam para as florestas como ordinariamente voltam os que lá habitam.
No espaço, onde se situam as esferas vibratórias, vivem os Caboclos agrupados, segundo a faixa vibracional de atuação, junto a psico-esfera da Terra. São verdadeiras cidades onde se cumpre o mandato que Oxalá assim determinou, colaborando com a humanidade.
É para as cidades espirituais que os Caboclos responsáveis pelos diversos terreiros levam os médiuns, dirigentes e demais trabalhadores, para aprenderem um pouco mais sobre a Umbanda.
Estas moradas possuem grandes núcleos de trabalhos diversos, onde o Caboclo faz sua evolução, contrariando o que muitos encarnados pensam (que Caboclo tudo pode, tudo sabe e tudo faz).
Os Orixás, que são emanações do pensamento do Deus-Pai, que está além da personalidade humana que lhe queiram dar as culturas terrenas, fazem descer a mais pura energia-matéria ser trabalhada pelos Caboclos no espaço-tempo das esferas que compreendem a Terra, morada provisória de alguns espíritos em evolução.
Lá, na morada de luz dos Caboclos, existem outros espíritos aprendendo o manejo das energias, das forças que estabelecerão um padrão vibratório de equilíbrio para os consulentes que vêm às tendas de caridade em busca de um conforto espiritual.
Estas "aldeias" se locomovem entre as esferas, ora estão em zonas próximas às trevas, socorrendo espíritos dementados, ora estão sobre algumas cidades do plano visível, etéreas, ou sobre o que resta de florestas preservadas pelo Homem. De lá extraem, com a ajuda dos Elementais, os remédios para a cura dos males do corpo.
Quando Incorporados, fumam charutos ou cigarrilhas e, em algumas casas, costumam usar durante as giras, penachos, arcos e flechas, lanças, etc...  Falam de forma rústica lembrando sua forma primitiva de ser, dessa forma mostram através de suas danças muita beleza, própria dessa linha.
Seus "brados", que fazem parte de uma linguagem comum entre eles, representam quase uma "senha" entre eles.  Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons.
Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem pertencer.  Dando como origem ou habitat natural, assim podemos ter:
Caboclos Da Mata - Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas.
Caboclos Da Mata Virgem - Esses viveram mais interiorizados nas matas, sem nenhum contato com outros povos.
Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão.
Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros.  Mais ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros.
A primeira é a "especialidade" de cada um, são elas:   curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros.
A segunda é diferença criada pela irradiação que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham.
Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho.
A "personalidade" de um caboclo se dá pela junção de sua "origem", "especialidade" e irradiação que o rege.
E é nessa "personalidade" que centramos nossos estudos.  Assim como os Pretos-velhos, eles podem dar passe, consulta ou participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação (preparo de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral).
Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia.
Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.

Formas Incorporativas E Especialidade Dos Caboclos:

Caboclos De Oxum
Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece principalmente através do chacra cardíaco. Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como: depressão, desânimo entre outras. Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de energização. Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar; Seus passes quase sempre são de alívio emocional.

Caboclos De Ogum
Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo.

Caboclos De Yemanjá
Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto. Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar.

Caboclos De Xangô
São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão. Trabalham para: emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional. Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.

Caboclos De Nanã
Assim como os Pretos-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o karma e como ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.

Caboclos De Iansã
São rápidos e deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa. Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Iansã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego). Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.

Caboclos De Oxalá
Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização. São "compactados" para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito. Sua principal função é dirigir e instruir os demais Caboclos.

Caboclos De Oxossi
São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito. Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses caboclos geralmente são chefes de linha.

Caboclos De Obaluaiê
São espíritos dos antigos "pajés" das tribos indígenas. Raramente trabalham incorporados, e quando o fazem, escolhem médiuns que tenham Obaluaiê como primeiro Orixá. Sua incorporação parece um Preto-velho, em algumas casas locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins.


Atribuições dos Caboclos
São entidades, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue.


Assobios E Brados

  Quem nunca viu caboclos assobiarem ou darem aqueles brados maravilhosos, que parecem despertar alguma coisa em nós?
 Muitos pensam que são apenas uma repetição dos chamados que davam nas matas, para se comunicarem com os companheiros de tribo, quando ainda vivos. Mas não é só isso.
Os assobios traduzem sons básicos das forcas da natureza. Estes sons precipitam assim como o estalar dos dedos, um impulso no corpo Astral do médium para direcioná-lo corretamente, afim de liberá-lo de certas cargas que se agregam, tais como larvas astrais, etc.
Os assobios, assim como os brados, assemelham-se à mantras; cada entidade emite um som de acordo com seu trabalho, para ajustar condições especificas que facilitem a incorporação, ou para liberarem certos bloqueios nos consulentes ou nos médiuns.


O Estalar De Dedos
 Por que as entidades estalam os dedos, quando incorporadas ?
 Esta é uma das coisas que vemos e geralmente não nos perguntamos, talvez por parecer algo de importância mínima.
 Nossa mãos possuem uma quantidade enorme de terminais nervosos, que se comunicam com cada um dos chacras de nosso corpo.
O estalo dos dedos se dá sobre o Monte de Vênus (parte gordinha da mão) e dentre as funções conhecidas pelas entidades, está a retomada de rotação e freqüência do corpo astral; e a, descarga de energias negativas.

Os Boiadeiros

São espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em fazendas por todo o Brasil, estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos nas sessões de Umbanda.
Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e passando, como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força de vontade, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.
Nos seus trabalhos usam de velas, pontos riscados e rezas fortes para todos os fins.
O Caboclo Boiadeiro traz o seu sangue quente do sertão, e o cheiro de carne queimada pelo sol das grandes caminhadas sempre tocando seu berrante para guiar o seu gado. Normalmente, eles fazem duas festas por ano, uma no inicio e outra no meio do ano. Eles são logo reconhecidos pela forma diferente de dançar, tem uma coreografia intricada de passos rápidos e ágeis, que mais parece um dançarino mímico, lidando bravamente com os bois.
Seu dia é quinta feira, gosta de bebida forte como por exemplo cachaça com mel de abelha, que eles chamam de meladinha, mas também bebem vinho. Fumam cigarro, cigarro de palha e charutos. No Terreiro os Boiadeiros vêm "descendo em seus aparelhos" como estivessem laçando seu gado, dançando, bradando, enfim, criando seu ambiente de trabalho e vibração.
Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência.Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, assim como os Exus.
Quando o médium é mulher, freqüentemente, a entidade pede para que seja colocado um pano de cor, bem apertado, cobrindo o formato os seios. Estes panos acabam, por vezes, como um identificador da entidade, e até da sua linha mais forte de atuação, pela sua cor ou composição de cores.
Alguns usam chapéus de boiadeiro, laços, jalecos de couro, calças de bombachas, e tem alguns, que até tocam berrantes em seus trabalhos.
Nomes de alguns boiadeiros: Boiadeiro da Jurema, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio, Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Boiadeiro do Chapadão, Boiadeiro da Campina e etc ...
Sua saudação: “Getruá Boiadeiro”, “Xetro Marrumbaxêtro”
Os Boiadeiros são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, "o caboclo sertanejo". São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. O mestiço Brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro e assim vai.
Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.
Ao amanhecer o dia, o Boiadeiro arrumava seu cavalo e levava seu gado para o pasto, somente voltava com o cair da tarde, trazendo o gado de volta para o curral. Nas caminhadas tocava seu berrante e sua viola cantando sempre uma modinha para sua amada, que ficava na janela do sobrado, pois os grandes donos das fazendas não permitiam a mistura de empregados com a patroa.
É tal e qual se poderia presenciar do homem rude do campo. Durante o dia debaixo do calor intenso do sol ele segue, tocando a boiada, marcando seu gados e território. À noite ao voltar para casa, o churrasco com os amigos e a família, um bom papo, ponteado por um gole de aguardente e um bom palheiro, e nas festas muita alegria, nas danças e comemorações.
Sofreram preconceitos, como os "sem raça", sem definição de sua origem. Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas respeitando a natureza e aprendendo, um pouco com o índio: suas ervas, plantas e curas; e um pouco do negro: seus Orixás, mirongas e feitiços; e um pouco do branco: sua religião (posteriormente misturada com a do índio e a do negro) e sua língua, entre outras coisas.
Dá mesma maneira que os Pretos-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande.
O caboclo boiadeiro está ligado com a imagem do peão boiadeiro - habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuísse na mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens.
Enquanto os "caboclos índios" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores.
Os Boiadeiros vêm dentro da linha de Oxossi. Mas também são regidos por Iansã, tendo recebido da mesma a autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada quando encarnados. Levam cada boi (espírito) para seu destino, e trazem os bois que se desgarram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).

Sobre Nossos Caboclos Boiadeiros


Os Boiadeiros também são conhecidos como "Encantados",pois segundo algumas lendas, eles não teriam morrido para se espiritualizarem, mas sim se encantados e transformados em entidades especiais.
Os Boiadeiros também apresentam bastante diversidade de manifestações. Boiadeiro menino, Boiadeiro da Campina, Boiadeiro Bugre e muitos outros tipos de Boiadeiros, sendo que alguns até trabalham muito próximos aos Exus.
Suas cantigas normalmente são muito alegres, tocadas num ritmo gostoso e vibrante. São grandes trabalhadores, e defendem a todos das influências negativas com muita garra e força espiritual. Possuem enorme poder espiritual e grande autoridade sobre os espíritos menos evoluídos, sendo tais espíritos subjugados por eles com muita facilidade.
Sabem que a prática da caridade os levará a evolução, trabalham incorporados na Umbanda, Quimbanda e Candomblé. Fazem parte da linha de caboclos, mais na verdade são bem diferentes em suas funções. Formam uma linha mais recente de espíritos, pois já viveram mais com a modernidade do que os caboclos, que foram povos primitivos.  Esses espíritos já conviveram em sua ultima encarnação com a invenção da roda, do ferro, das armas de fogo e com  a prática da magia na terra.
Saber que boiadeiros conheceram e utilizaram essas invenções nos ajuda muito para diferenciarmos dos caboclos. São rudes nas suas incorporações, com gestos velozes e pouco harmoniosos. Sua maior finalidade não é a consulta como os Pretos-velhos, nem os passes e muito menos as receitas de remédios como os caboclos, e sim o "dispersar de energia" aderida a corpos, paredes e objetos. É de extrema importância essa função pois enquanto os outros guias podem se preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha "sempre" atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de espíritos).
Quando bradam alto e rápido, com tom de ordem, estão na verdade ordenando a espíritos que entraram no local a se retirar, assim "limpam" o ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações. Esses espíritos atendem aos boiadeiros pela demonstração de coragem que os mesmos lhes passam e são levados por eles para locais próprios de doutrina.
Em grande parte, o trabalho dos Boiadeiros é  no descarrego e no preparo dos médiuns. Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo a portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os Exus.
Outra grande função de um boiadeiro é manter a disciplina das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou consulentes. Costumam proteger demais seus médiuns nas situações perigosas.  São verdadeiros conselheiros e castigam quem prejudica um médium que ele goste.  "Gostar" para um boiadeiro, é ver no seu médium coragem, lealdade e honestidade, aí sim é considerado por ele "filho".  Pois ser filho de boiadeiro não é só tê-lo na coroa.
Trabalham também para Orixás, mais mesmo assim, não mudam sua finalidade de trabalho e são muito parecidos na sua forma de incorporar e falar, ou seja, um boiadeiro que trabalhe para Ogum é praticamente igual a um que trabalhe para Xangô, apenas cumprem ordens de Orixás diferentes, não absorvendo no entanto as características deles.
Dentro dessa linha a diversidade encontra-se na idade dos boiadeiros.  Existem boiadeiros mais velhos, outros mais novos, e costumam dizer que pertencem a locais diferentes, como regiões, por exemplo:  Nordeste, Sul, Centro-Oeste, etc...