Gostaria de agradecer a todos os membros e amigos da casa que participaram da nossa festa das crianças, no último dia 28/9. A energia foi mágica, pura e radiante. Que as bênçãos de todas as Ibejadas possam cubrir nossos caminhos de alegria, renovando nossas energias a cada despertar do sol.
sábado, 5 de outubro de 2013
sábado, 21 de setembro de 2013
QUESTIONÁRIO PERFIL UMBANDA
Amigos e irmãos da Umbanda, peço que preencham o questionário abaixo, que faz parte de um trabalho de pesquisa sobre a religião. Nada político, apenas parte de um trabalho que será apresentado no Terreiro Vovó Catarina, em Mesquita - RJ, em comemoração ao dia da Umbanda.
É rapidinho. Favor clicar no link ou copiar e colar no navegador.
https://docs.google.com/forms/d/1SKij0Yb0syZ7C2kuVq6oimwP8VefQeYlhFqM9IwsxXQ/viewform
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Salve Ibejadas !
Ibeiji
Ibeiji, o único Orixá
permanentemente duplo. É formado por duas entidades distintas e sua função
básica é indicar a contradição, os opostos que coexistem. Num plano mais
terreno, por ser criança, a ele é associado tudo que se inicia: a nascente de
um rio, o germinar das plantas, o nascimento de um ser humano.
No dia de Ibeiji, 27 de
setembro (o mesmo de Cosme e Damião, com quem são sincretizados), é costume as
casas de culto abrirem suas portas e oferecerem mesas fartas de doces e comidas
para as crianças, elevadas à condição de representantes na terra do Orixá.
Regem a falange das crianças
que trabalham na Umbanda.
Características
Cor
|
Rosa
e azul (branco, colorido)
|
Fio
de Contas
|
Na umbanda azul e rosa. No
Candomblé, contas e miçangas leitosas coloridas.
|
Ervas |
jasmim, alecrim,
rosa |
Símbolo
|
Gêmeos
|
Pontos
da Natureza
|
Jardins,
praias, cachoeiras, matas...( as crianças vibram em todos os pontos da
natureza )
|
Flores
|
Margaridas,
rosa mariquinha, rosa cor de rosa.
|
Essências
|
De
frutas
|
Pedras
|
Quartzo
rosa
|
Metal
|
Estanho
|
Saúde
|
Alergias,
anginas, problemas de nariz, raquitismo, acidentes
|
Planeta
|
Mercúrio
|
Dia
da Semana
|
Domingo
|
Elemento
|
Fogo
|
Chakra
|
Todos,
especialmente o Laríngeo
|
Saudação
|
Oni
Beijada – “Ele é dois” ou “ Salve os dois “
|
Bebida
|
Guaraná
(Suco de frutas, água de coco, água com mel, água com açúcar, caldo de cana)
|
Animais
|
Coelhos
e animais de estimação.
|
Comidas
|
Caruru,
doces e frutas.
|
Numero
|
2
|
Data
Comemorativa
|
27
de Setembro
|
Sincretismo:
|
São
Cosme e São Damião
|
Atribuições
Zelar pelo Parto e Infância.
Promover o amor(união), a harmonia e o equilíbrio entre os sentimentos.
São a alegria que contagia a
Umbanda. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a inocência e a
singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. Podemos
pedir-lhes ajuda para os nossos filhos, resolução de problemas, fazer
confidências, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles não atendem pedidos
dessa natureza.
São espíritos que já estiveram
encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através
da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em
sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por
isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala
de criança, o gosto por brinquedos e doces.
Assim como todos os servidores
dos Orixás, elas também tem funções bem específicas, e a principal delas é a de
mensageiro dos Orixás, sendo extremamente respeitados pelos caboclos e pelos
pretos-velhos.
É uma falange de espíritos que
assumem em forma e modos, a mentalidade infantil. Como no plano material,
também no plano espiritual, a criança não se governa, tem sempre que ser
tutelada. Ibeijada, Erês, Dois-Dois, Crianças, Ibejis, são esses vários nomes
para essas entidades que se apresentam de maneira infantil.
No Candomblé,
o Erê, tem uma função muito importante. Como o Orixá não fala, é ele quem vem
para dar os recados do pai. Ainda
no Candomblé, o Erê tem muitas outras funções, o Yaô, virado no Erê, pode fazer
tudo o que o Orixá não pode, até mesmo as funções fisiológicas do médium, ele
pode fazer. O Erê muitas vezes em casos de necessidade extrema ou perigo para o
médium, pode manifestar-se e trazê-lo para a roça, pegando até mesmo uma condução
se for o caso.
Na Umbanda mais uma vez, vemos a diferença
entre as entidades/divindades. A Criança na Umbanda é uma manifestação de um espírito cujo
desencarne normalmente se deu em idades infanto-juvenis. São tão barulhentos
como os Erês, embora alguns são bem mais tranqüilos e comportados.
No
Candomblé, os Erês, tem normalmente nomes ligados ao dono da coroa do médium.
Para os filhos de Obaluaiê, Pipocão, Formigão, para os de Oxossi, Pingo Verde,
Folinha Verde, para os de Oxum, Rosinha, para os de Yemanjá, Conchinha Dourada
e por ai vai.
As Crianças da Umbanda tem os nomes
relacionados normalmente a nomes comums, normalmente brasileiros. Rosinha,
Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho, Cosminho, etc...
As crianças de Umbanda comem bolos, balas,
refrigerantes, normalmente guaraná e frutas, os Erês do
Candomblé além desses, comem frangos e outras comidas ritualisticas como o
Caruru, etc... Isso não
quer dizer que uma Criança de Umbanda não poderá comer Caruru, por exemplo. Com
Criança tudo pode acontecer.
Quando incorporadas em um médium, gostam de
brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessária
muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas
brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida.
Os "meninos" são em sua maioria mais
bagunceiros, enquanto que as "meninas" são mais quietas e calminhas.
Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros
estão sempre com fome, etc... Estas características, que às vezes nos passam
desapercebido, são sempre formas que eles têm de exercer uma função específica,
como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência.
Os pedidos feitos a uma criança incorporada
normalmente são atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a cobrança que
elas fazem dos presentes prometidos também é. Nunca prometa um presente a uma
criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a
"brincadeira" (cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido
pode não ser tão "engraçada" assim.
Poucos são aqueles que dão importância devida
às giras das vibrações infantis.
A exteriorização da mediunidade é apresentada
nesta gira sempre em atitudes infantis. O fato, entretanto, é que uma gira de
criança não deve ser interpretada como uma diversão, embora normalmente seja
realizada em dias festivos, e às vezes não consegamos conter os risos diante
das palavras e atitudes que as crianças tomam.
Mesmo com tantas diferenças é possível
notar-se a maior características de todos, que é mesmo a atitude infantil, o
apego a brinquedos, bonecas, chupetas, carrinhos e bolas, como os quais fazem
as festas nos terreiros, com as crianças comuns que lá vão a busca de tais
brinquedos e guloseimas nos dias apropriados. A festa de Cosme e Damião, santos
católicos sincretizados com Ibeiji, à 27 de Setembro é muito concorrida
em quase todos os terreiros do pais.
Uma curiosidade: Cosme e Damião foram os
primeiros santos a terem uma igreja erguida para seu culto no Brasil. Ela foi
construída em Igarassu, Pernambuco e ainda existe.
As festas para Ibeiji, tem duração de um mês, iniciando a 27 de
setembro (Cosme e Damião) e terminando a 25 de outubro, devido a ligação
espiritual que há entre Crispim e Crispiniano com aqueles gêmeos, pela
sincretização que houve destes santos católicos com os "ibejis"
ou ainda "erês" (nome dado pelos nagôs aos santos-meninos que têm as
mesmas missões.
Nas festas de ibeiji, que tiveram origem na
Lei do ventre-Livre, desde aquela época até nossos dias, são servidos às
crianças um "aluá" ou água com açúcar (ou refrigerantes adocicados no
dia de hoje), bem como o caruru (também nas Nações de Candomblés).
Não gostam de desmanchar demandas, nem de
fazer desobsessões. Preferem as consultas, e em seu decorrer vão trabalhando
com seu elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua
vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano.
Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos,
pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se
calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles.
Muitas entidades que atuam sob as vestes de um
espírito infantil, são muito amigas e têm mais poder do que imaginamos. Mas
como não são levadas muito a sério, o seu poder de ação fica oculto, são
conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e Damião, curadores
que trabalhavam com a magia dos elementos.
MOVIMENTO UMBANDA DO AMANHÃ
http://www.mudaumbanda.com.br
O MUDA – Movimento Umbanda do Amanhã, é um movimento apolítico, formado por Casas Umbandistas, e que tem como principal objetivo divulgar a Umbanda, dirimindo quaisquer dúvidas ou mal entendidos que existam sobre essa religião.
Não se trata de nenhum movimento codificador, vide que cada uma das Casas formadoras tem sua forma específica de praticar a Umbanda, mas sim um Movimento que procura resgatar o valor da Umbanda perante a sociedade, combatendo preconceitos e divulgando as premissas básicas da Umbanda.
domingo, 15 de setembro de 2013
CALENDÁRIO SETEMBRO
SETEMBRO
04 – GIRA DE CABOCLOS E EXUS –
19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
11 – GIRA DO POVO DOS CIGANOS –
19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
18 – GIRA DE PRETOS VELHOS E
IBEJADAS– 19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
25 – SESSÃO DA ROSA BRANCA –
19:00 H ( QUARTA-FEIRA )
27 - ARRUMAÇÃO DO TERREIRO, ESTUDO E DESENVOLVIMENTO. – SEXTA-FEIRA.
28 – Louvor aos Orixás,
Festa das Crianças Espirituais ( Ibejadas ) – 17:30 h ( SÁBADO )
terça-feira, 10 de setembro de 2013
VI CAMINHADA PELA LIBERDADE RELIGIOSA
Todos contra a intolerância e o desrespeito contra as religiões, seitas e credos que coexistem em nosso Brasil.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
OBRIGADO PAI OBALUAYÊ
Já em setembro, com a sensação dos deveres cumpridos, agradecemos a Obaluayê por tanto abençoar-nos para que tenhamos sempre força, luz, inspiração e energia para compartilhar com todos que buscam o aconchego da IULA. Benção meu Senhor. Foto da gira festiva ocorrida em agosto.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
RÁDIO CLARIEA UMBNDA
TRANSMITIDA PELA WWW.RADIOCLAREIAUMBANDA.COM.BR
OU AQUI NO NOSSO BLOG MESMO.
COM PROGRAMAÇÃO AO VIVO, SEGUNDAS E QUINTAS-FEIRAS, ÀS 22H.
OU AQUI NO NOSSO BLOG MESMO.
COM PROGRAMAÇÃO AO VIVO, SEGUNDAS E QUINTAS-FEIRAS, ÀS 22H.
PARTICIPAÇÃO AO VIVO, COMENTANDO AQUI NESTE TÓPICO, AQUI EM BAIXO NO LINK COMENTÁRIOS OU PELO FACEBOOK, IRMANDADE UMBANDISTA LUZ DE ARUANDA, ATRAVÉS DO CHAT. CONTO COM VOCÊS. ATÉ LÁ...
sábado, 27 de julho de 2013
SALUBA NANÃ !
Neste dia, 26 de julho, a Umbanda comemora e homenageia o Orixá Nanã ou Nanã Buruquê, como muitos a chamam. Nanã é sincretizada como Senhora Sant’Ana, a avó de Jesus, mãe de Maria, que a ensinou sobre o amor e as escrituras sagradas. Nanã representa a ancestralidade, e junto com Obaluayê, governa a Linha das Almas na espiritualidade.
Nanã
é Orixá sério e dócil, severa e paciente, é início e fim, barro e água. É Orixá
antigo na África, onde também é associada a criação do mundo e dos seres. Nanã
é responsável por orientar e cuidar dos nossos Karmas, moldando nossas almas nos sucessivos encarnes e
desencarnes que passamos. É mãe que nos acolhe de volta e nos modela, barro e
água, corpo e espírito para novos trajetos.
Nanã
tem seus cultos originários das terras Daomé, onde é mãe de Orixás importntes
nos candomblés de Jeji, como Obaluayê (SAPATÁ), Oxumaré (DAN) e Ossain (AGUÉ).
É orixá que vibra na cor lilás, cor que estimula a transmutação rumo a evolução
espiritual e que representa a sabedoria e a consciência mística. O número
místico de Nanã na umbanda é o treze (13), o dia da semana é a segunda-feira e
dentre suas principais ervas, podemos destacar o saião, a dama da noite, a
quaresmeira e também o tapete de Oxalá. Pela ligação com Oxalá também vibra muito
na cor branca. Seus símbolos são objetos de barro, além do ibiri, que é um
objeto composto por vários feixes de palitos de dendezeiro, representando
as almas, sendo embaladas por Nanã, que
as segura como filhos seus.
Mãe
Nanã também representa a chuva, que irriga toda a terra, enriquecendo-a para
gerar mais vida; chuva também que arrasta os nutrientes do solo, nutrientes
oriundos de partes mortas dos seres vivos, levando-os para servir de vida em
outras terras. Nanã é a morte que reside no âmago da vida, que possibilita
o renascimento.
Seus adeptos
dançam com a dignidade que convém a uma senhora idosa e respeitável. Seus
movimentos lembram um andar lento e penoso, apoiado num bastão
imaginário. Em certos momentos, viram para o centro da roda e colocam
seus punhos fechados, um sobre o outro, parecendo segurar um bastão. Em
determinada atribuição cuida dos mortos enquanto seus corpos se decompõem no
lodo, se preparando para formarem novos seres. É Ela que nos protege contra
feitiços e perigos de morte.
Nanã
representa a ancestralidade, a perpetuação da cultura através do respeito aos
mais velhos, portanto sua energia é avessa à tecnologia, ao metal e ao que é
moderno. Seus filhos são sérios e dóceis; tendenciosos ao feitiço; lentos, resmungões
e rabugentos, além de conservadores. Geralmente são muito ligados a
religiosidade e a família.
Nanã
vibra nos manguezais, nas lagoas e nas águas subterrâneas dos poços, além dos
cruzeiros das Almas. Os ímãs de trabalho para obrigações votivas são a água
mineral, velas brancas ou lilás, flores brancas e lilás, além dos pratos
descritos abaixo:
a)
Efó: folhas de mostarda ou taioba batidas com a
colher de pau, refogadas com azeite, camarões secos e cebola.
b)
Omolocum de Nanã: omolocum de feijão branco,
adornado com 4 ou 7 ovos em forma de cruz.
c)
Flor de Nanã: flor composta pelo miolo, feito
de batata doce cozida e amassada com mel e as pétalas feitas de folhas de
repolho roxo. Decora-se ainda com grãos de feijão preto e branco.
d)
Arroz da avó: arroz feito com beterrabas e repolho
roxo, também podendo usar berinjelas; temperado com camarão seco, cebola e
azeite.
e)
Bolinhos de Nanã: bolinhos feitos de batata
doce cozida e mel, adornados em um prato de barro com folhas de cana-do-brejo.
Usam-se 13 bolinhos.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
quarta-feira, 29 de maio de 2013
RÁDIO CLAREIA UMBANDA
A nossa web rádio com pontos e cantigas 24 horas no ar. Mais um cantinho na internet da IULA para compartilharmos com vocês, queridos irmãos e amigos. Teremos programações ao vivo também, não percam e divulguem. Pontos novos e antigos, selecionados para você curtir o som dos terreiros.
terça-feira, 21 de maio de 2013
CIGANOS NA UMBANDA
As giras do povo cigano dentro da
umbanda tem se tornado cada vez mais comuns nos terreiros. Há duas décadas
atrás eram muito raros terreiros que trabalhassem com essa linhagem. Com toda
sua magia, cores e particularidades, as falanges ciganas vem atraindo cada vez
mais simpatizantes para o culto umbandista e deixando sua marca com giras e festas sempre muito bonitas e
alegres.
As
ciganas e ciganos da espiritualidade chegaram ao culto de umbanda através de
entidades denominadas exus ciganos e pombagiras ciganas. Estas entidades
abriram caminhos para a chegada dos demais espíritos ciganos. Trabalharam por
muito tempo e ainda trabalham nas giras de exus, pois são exus, porém com
encarnações ciganas em suas histórias de vida. Recebem oferendas que tem
elementos de exus e de ciganos, são alegres, sábios, extrovertidos, trabalham
sempre dançando e cantando. Eles preparam a umbanda, médiuns e dirigentes para
que espíritos de cultura cigana pudessem finalmente complementar o trabalho das
casas de santo.
Os
espíritos que trabalham nas giras ciganas não são exus em sua maioria, pois
ainda existem exus e pombagiras ciganas, eles são encantados, são espíritos que
tiveram encarnações ciganas e conviveram com a cultura cigana. São espíritos
que viveram em todas as partes do mundo, Índia, Europa, Ásia num todo, enfim,
sabemos que por todas as regiões do mundo passaram grupos de andarilhos
nômades. Cada grupo com sua origem e particularidade, com seus costumes
próprios, suas línguas e danças. A língua dos ciganos é o Romaní, porém como
passaram por todo o mundo, cada grupo fala também o idioma dos locais onde
viveram. Ao incorporar,a grande maioria destes espíritos são preparados para
utilizar a língua do médium e da comunidade que atendem; alguns no entanto, de
desencarne mais recente ainda utilizam a língua de suas últimas encarnações ou
apresentam sotaques vestigiais em suas falas.
Os
ciganos adoram o colorido, dessa forma, as giras e trabalhos ciganos são sempre
muito bonitos visualmente e espiritualmente. Grupos de diferentes culturas
ciganas descem à Terra e se confraternizam numa mesma sessão, trazendo
elementos e formas de trabalho diferentes, dependendo de sua evolução, suas
vidas passadas e seu aprendizado. Por tanto é comum vermos ciganas que utilizam
leques, outros que utilizam baralhos, outros que lêem as mãos, outros que
trabalham bebendo apenas água, alguns que fumam, outros que não, ciganas com
pandeiros, castanholas, lenços, punhais; enfim a gira cigana é uma explosão de
cores e elementos e, também, de sabedoria.
Os
espíritos ciganos trabalham na umbanda de forma livre, como também viveram na
Terra nesta forma. Assim, eles não estão presos a nenhuma linha de trabalho,
constituem uma linha auxiliar de trabalho, servindo a todos os Orixás e demais
falanges. Trabalham para todos os fins, em especial, cura, amor e negócios. As
ciganas são grandes feiticeiras do amor. Amam a vida e só fazem o que amam, vivem
o amor e para o amor; os ciganos são ótimos negociantes, gostam de trabalhar
para comércios e negócios em geral; e os ciganos e ciganas mais ligadas ao povo
oriental, trabalham muito com a cura, com a fluidificação de água, chás e
passes mediúnicos.
Os
andarilhos são misteriosos e alguns deles trabalham com seus médiuns toda uma
vida sem revelar seus nomes, identificando-se apenas como Cigana da Estrada,
Cigano Andarilho, Cigana das Almas, entre outros nomes; mas quando o médium
busca conhecimento e os ciganos passam a confiar em seus aparelhos (confiança é
um valor muito importante nas tribos ciganas), eles revelam seus nomes, que
geralmente são nomes de uma encarnação cigana destes espíritos na Terra,
seguidos ou não de seus lugares de origem ou elemento da natureza em que atuam.
Por exemplo, são espíritos e falanges comuns na umbanda: Cigana Rosa, Cigano
Wladmir, Cigana Esmeralda dos Ventos, Cigana Carmem de Sevilha, Cigano Ramiro
Marroquino, Cigano Ramiro do Oriente, Cigana Sandra, Cigana Yasmin, Cigana
Helena, Cigana Joana, Cigana Ísis do Oriente, Cigana Rayane, Cigana Mel, Cigana
Melissa, Cigana Marroquina, Cigana Ametista, Cigana Sara, Cigana Sulamita,
Cigana Rosita, Cigana Carmensita, Cigano Ramom, Cigano Pablo, Cigano Rafael,
Cigano Diego, Cigano Heitor, Cigano Juan, Cigano Juanito, Cigano Agmom, Cigana
Morgana, Cigana Íris, Cigana Elisa, Cigana Conchita, Cigano Henrique, Cigano
Dário, Cigano Hiago, Cigana Cristal, Cigana Lua, Cigana Raio de Sol, entre
outros espíritos ciganos.
sábado, 18 de maio de 2013
segunda-feira, 13 de maio de 2013
segunda-feira, 8 de abril de 2013
23 de Abril - Conto com todos os irmãos de fé!
Vamos nos unir para fazermos uma bonita homenagem a São Jorge e uma noite de louvores e fé a Pai Ogun.
Terreiros interessados em participar, nos contacte, estamos em Duque de Caxias.
Confraternizaremos com uma apetitosa feijoada!
Confraternizaremos com uma apetitosa feijoada!
sexta-feira, 5 de abril de 2013
segunda-feira, 11 de março de 2013
CAMPANHA DO LEITE EM PÓ
A Irmandade Umbandista Luz de Aruanda e a Comunidade do Parque das Missões agradecem a todos que participaram das campanhas de janeiro e fevereiro com a doação de leite em pó para famílias carentes com crianças. Gostaríamos de estender este projeto, que ainda é tímido, mas recheado de boas intenções, sem nenhum apoio e envolvimento político, para ajudarmos mais famílias. Contamos com todos vocês, amigos e simpatizantes da IULA.
Que tragam, quando possível, pacotes de leite em pó para organizarmos e continuarmos a nossa ação. Agradecemos a boa vontade da voluntária Fabiana, sempre solícita e caridosa e que já possui um trabalho voluntário na comunidade.
Recebemos os pacotes de leite em todas as sessões.
sexta-feira, 8 de março de 2013
PARABÉNS MULHERES!
PARABÉNS A TODAS AS MULHERES, PELO DIA DE HOJE E POR TODOS OS DIAS.
Hoje, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Uma data em memória as cerca de 130 operárias queimadas vivas, em 1857, numa fábrica de tecidos em Nova York, após fazerem greve reivindicando melhores condições de trabalho.
Hei! Linda Estrela! Aquela que faz de simples dias Dias especiais. Que ilumina A profunda escuridão. Você é a razão da beleza Do encanto e da magia. Você é a presença da ternura Com jeito de atrevida Ou com rosto de Anjo. Você é uma estrela Aos olhos de Deus... Linda estrela Repleta de Sabedoria E compreensão. Você sabe seduzir Sabe conquistar... Sem seu brilho A beleza não existiria O encanto não seduziria. Seus olhos Hipnotizam a todos a sua volta. Seu sorriso é a arma Que acerta o alvo Chamado Corações, Que facilmente se torna dona deles. Porque és um estrela abençoada Estrela chamada Mulher.
domingo, 3 de março de 2013
DIREITOS HUMANOS? HORA DE AGIRMOS
Deputado-pastor que odeia negros e gays no comando dos Direitos Humanos?
Postado em: 1 mar 2013 às 8:40
A imagem abaixo é de Marco Feliciano, o pastor-deputado que ganhou destaque no Congresso por frases como “Aids é um câncer gay”, “Negro é negro e não pode mudar, diferente dos homossexuais” e “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé”
Todos que já se mobilizaram para colher assinaturas em tantas outras causas das mais diversas não devem agora permitir que alguém reconhecido pela intolerância presida uma Comissão tão importante como a de Direitos Humanos.Assine aqui a petição que exige a imediata destituição do Pr. Marco Feliciano da Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.
__
O deputado Marcos Feliciano (PSC-SP), que já classificou os africanos como “descendentes amaldiçoados de Noé”, avisa: “Nunca me passou pela cabeça presidir a Comissão de Direitos Humanos, mas agora com tanto ataque, deu até vontade (sic)”.
A vontade manifestada no Twitter pelo deputado, escritor, cantor e apresentador de tevê é resultado de uma avalanche de críticas sofridas desde que o seu Partido Social Cristão foi escolhido para comandar a comissão responsável pela defesa das minorias na Câmara. A bancada do partido tem hoje 16 deputados. Feliciano, declaradamente contrário a bandeiras como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, é o favorito para assumir a liderança do grupo.
A escolha do PSC para a comissão causou arrepios nos grupos de defesa dos direitos humanos. As críticas são lideradas até aqui pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), defensor da bandeira gay no Congresso que viu a escolha como uma forma de “barrar a extensão da cidadania plena às minorias”. “O PT ter aberto mão da CDHM é sintoma de um pendor do partido para o conservadorismo e a manutenção de poder que é irreversível”, escreveu.
A ojeriza parece justificada. Em setembro, Wyllys manifestou repúdio, em artigo publicado no site Brasil 247, a um discurso feito pelo deputado/pastor em um congresso evangélico no qual se referia à Aids como “câncer gay”. O deputado do PSOL classificou a fala como “um alarde da desonestidade intelectual e injúria contra os homossexuais”. E apresentou números, baseados em estudos da ONU, para mostrar que a associação entre a doença e a orientação sexual tinha base na ignorância, mas não na realidade.
A resposta de Feliciano, hoje cotado para representar as minorias acusadas por ele de espalhar as doenças sexualmente transmissíveis, foi uma pérola. Em seu site, ele escreveu, com o apuro digno de uma criança de doze anos, que, dentro da igreja, tinha assegurada pela Constituição a total liberdade de manifestação. Sentado nessa total liberdade, insistiu: “A própria ciência revela o predomínio de infecção por esta doença em pessoas manifestamente homossexuais, tanto é verdade que quando se doa sangue na entrevista se for declinada a condição de homossexual essa doação é recusada”.
Número que é bom, nada. (Obviamente, não faltou ao deputado a menção de que não tinha “nada contra” os homossexuais. Explicou, dessa maneira, que a Bíblia ensina a amar o pecador e não o pecado).
Após ter seu nome citado como possível líder das minorias na Câmara, o deputado declarou ao site do jornal O Estado de S.Paulo, na quinta-feira 28, que a comissão se tornou um espaço de defesa de “privilégios” de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais. “Se tem alguém que entende o que é direito das minorias e que já sofreu na pele o preconceito e a perseguição é o PSC, o cristianismo foi a religião que mais sofreu até hoje na Terra”. Pouco depois, voltou ao Twitter para dizer: “Fui obrigado a dar Block’s em alguns arruaceiros. Turminha desbocada viu? Faça algo q contrarie os GLBTs e esteja pronto pra ser massacrado”.
O deputado talvez entenda de perseguição, mas parece não ter ideia do que seja privilégio. No mundo ideal, sua incitação ao ódio seria bem acomodada em outro grupo: a Comissão das Trevas e Valores Medievais.
fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br
PARA ASSINAR A PETIÇÃO CONTRA ESTE IDEOLOGISTA RACISTA : COPIE E COLE O LINK NO SEU NAVEGADOR!!!!!!!!!!!! É RÁPIDO!
http://www.avaaz.org/po/petition/Imediata_destituicao_do_Pr_Marco_Feliciano_da_Presidencia_da_Comissao_de_Direitos_Humanos_da_Camara_Federal/?pv=4
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
CAMPANHA DO LEITE EM PÓ
A Irmandade Umbandista Luz de Aruanda retorna com a campanha de doação, recolhimento e distribuição de leite em pó para crianças carentes. Este ano escolhemos ajudar as crianças do Parque das Missões( Duque de Caxias - RJ), comunidade onde há muita pobreza e muita desnutrição ou má nutrição infantil. Estou contando com a ajuda de uma voluntária que já trabalha com campanhas nesta comunidade, Fabiana. Gostaria de pedir aos membros e amigos deste blog que nos auxiliem, divulgando e colaborando nesta campanha, que é tímida, mas sem fins lucrativos e nem promocionais.
Tragam suas doações nos dias de sessões ou nos telefonem para que combinemos uma melhor forma.
José Carlos - dirigente da I.U.L.A
Tel: (21) 7642-2816
domingo, 20 de janeiro de 2013
OKÊ CABOCLOS!
Os Caboclos
São os nossos amados Caboclos os legítimos representantes da Umbanda, eles se dividem em diversas tribos, de diversos lugares formando aldeias, eles vem de todos os lugares para nos trazer paz e saúde, pois através de seus passes, de suas ervas santas conseguem curar diversos males materiais e espirituais. A morada dos caboclos é a mata, onde recebem suas oferendas, sua cor é o verde transparente para as Caboclas e verde leitoso para os Caboclos, gostam de todas as frutas, de milho, do vinho tinto (para eles representa o sangue de Cristo), gostam de tomar sumo de ervas e apreciam o coco com vinho e mel.
Existem falanges de
caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros; são eles
trabalhadores de Umbanda e chefes de terreiros. As vezes os caboclos são
confundidos com o Orixá Oxossi, mas eles são simplesmente trabalhadores da
umbanda que pertencem a linha de Oxossi, embora sua irradiação possa ser
de outro Orixá.
A sessão de
caboclos é muito alegre, lembra as festas da tribo. Eles cantam em volta do axé
da casa como se estivessem em volta da fogueira sagrada, como faziam em suas
aldeias. Tudo para os caboclos é motivo de festa como casamento, batizado, dia
de caçar, reconhecimento de mais um guerreiro, a volta de uma caçada.
Assim como os
Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham
"incorporados" a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas,
em busca de sua elevação espiritual.
Estão sempre em
busca de uma missão, de vencer mais uma demanda, de ajudar mais um irmão de fé.
São de pouco falar, mais de muito agir, pensam muito antes de tomar uma
decisão, por esse motivo eles são conselheiros e responsáveis.
Os Caboclos, de
acordo, com planos pré-estabelecidos na Espiritualidade Maior, chegam até nós
com alta e sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância, por
serem espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos. Espíritos que foram
médicos na Terra, cientistas, sábios, professores, enfim, pertenceram a
diversas classes sociais, os Caboclos vêm auxiliar na caridade do dia a dia aos
nossos irmãos enfermos, quer espiritualmente, quer materialmente. Por essas
razões, na maior parte dos casos, os Caboclos são escolhidos por Oxalá para
serem os Guias-Chefes dos médiuns, ou melhor, representar o Orixá de
cabeça do médium Umbandista (em alguns casos os Pretos-Velhos assumem esse
papel).
Na Umbanda não
existe demanda de um Caboclo para Caboclo, a demanda poderá existir de um
Caboclo, entidade de luz, para com um "kiumba" ou até mesmo contra um
Exu, de pouca luz espiritual.
A denominação
"caboclo", embora comumente designe o mestiço de branco com índio,
tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as almas de todos
os índios antes e depois do descobrimento e da miscigenação.
Constituem o braço
forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico,
curas (através de ervas e simpatias), desobsessões, solução de problemas
psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma série de outros
serviços e atividades executados nas tendas.
Os caboclos não
trabalham somente nos terreiros como alguns pensam. Eles prestam serviços
também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de "mesa branca". No
panorama espiritual rente à Terra predominam espíritos ociosos, atrasados,
desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam
a força. Os índios, que são fortíssimos, mas de almas simples, generosas e
serviçais, são utilizados pelos espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa
da agressão e da bagunça. São também utilizados pelos guias, nos casos de
desobsessão pois, pegam o obsessor contumaz, impertinente e teimoso,
"amarrando-o" em sua tremenda força magnética e levando-o para outra
região.
Os caboclos são
espíritos de muita luz que assumem a forma de "índios", prestando uma
homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios
caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e
muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas.
Como foram
primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores
guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além
de sua utilização.
Usam em seus
trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte
física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a
nossa aura e proporcionam uma energia e força que irá nos auxiliar para que
consigamos o objetivo que desejamos, não existem trabalhos de magia que
concedam empregos e favores, isso não é verdade. O trabalho que eles
desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepará-lo para que nós
consigamos o nosso objetivo.
A magia praticada
pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na
Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para
desfazer a magia negativa
Os caboclos de
Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam
credibilidade e confiança a todos que os procuram, nos seus trabalhos de magia
costumam usar pemba, velas, essências, flores, ervas, frutas e charutos.
Quase sempre os
caboclos vêm na irradiação do Orixá masculino da coroa do médium e as caboclas
vêm na irradiação do Orixá feminino da coroa do médium; mas, eles(as) podem vir
também na Irradiação do seu próprio Orixá de quando encarnados e até mesmo na
irradiação do povo do Oriente.
Onde Vivem Os Caboclos ?
Muitos já ouviram
falar que os Caboclos quando se despedem do terreiro, onde atuam incorporados
em seus médiuns, dizem que vão para a cidade de Juremá. Outros falam subir para
o Humaitá, e assim por diante.
Sabemos, no
entanto, que os Caboclos não voltam para as florestas como ordinariamente
voltam os que lá habitam.
No espaço, onde se
situam as esferas vibratórias, vivem os Caboclos agrupados, segundo a faixa vibracional
de atuação, junto a psico-esfera da Terra. São verdadeiras cidades onde se
cumpre o mandato que Oxalá assim determinou, colaborando com a humanidade.
É para as cidades
espirituais que os Caboclos responsáveis pelos diversos terreiros levam os médiuns,
dirigentes e demais trabalhadores, para aprenderem um pouco mais sobre a
Umbanda.
Estas moradas
possuem grandes núcleos de trabalhos diversos, onde o Caboclo faz sua evolução,
contrariando o que muitos encarnados pensam (que Caboclo tudo pode, tudo sabe e
tudo faz).
Os Orixás, que são
emanações do pensamento do Deus-Pai, que está além da personalidade humana que
lhe queiram dar as culturas terrenas, fazem descer a mais pura energia-matéria
ser trabalhada pelos Caboclos no espaço-tempo das esferas que compreendem a
Terra, morada provisória de alguns espíritos em evolução.
Lá, na morada de
luz dos Caboclos, existem outros espíritos aprendendo o manejo das energias,
das forças que estabelecerão um padrão vibratório de equilíbrio para os
consulentes que vêm às tendas de caridade em busca de um conforto espiritual.
Estas
"aldeias" se locomovem entre as esferas, ora estão em zonas próximas
às trevas, socorrendo espíritos dementados, ora estão sobre algumas cidades do
plano visível, etéreas, ou sobre o que resta de florestas preservadas pelo
Homem. De lá extraem, com a ajuda dos Elementais, os remédios para a cura dos
males do corpo.
Quando Incorporados,
fumam charutos ou cigarrilhas e, em algumas casas, costumam usar
durante as giras, penachos, arcos e flechas, lanças, etc... Falam de forma rústica lembrando sua
forma primitiva de ser, dessa forma mostram através de suas danças muita
beleza, própria dessa linha.
Seus
"brados", que fazem parte de uma linguagem comum entre eles,
representam quase uma "senha" entre eles. Cumprimentos e
despedidas são feitas usando esses sons.
Costumamos dizer
que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem pertencer.
Dando como origem ou habitat natural, assim podemos ter:
Caboclos Da Mata - Esses viveram mais próximos da civilização
ou tiveram contato com elas.
Caboclos Da Mata
Virgem - Esses viveram mais
interiorizados nas matas, sem nenhum contato com outros povos.
Assim vários
caboclos se acoplam dentro dessa divisão.
Torna-se de grande
importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam
mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades de cada
um, que permitem diferenciarmos um dos outros.
A primeira é a
"especialidade" de cada um, são elas: curandeiros,
rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras,
entre outros.
A segunda é diferença
criada pela irradiação que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham.
Quando falamos na
personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a
sua forma de trabalho.
A
"personalidade" de um caboclo se dá pela junção de sua
"origem", "especialidade" e irradiação que o rege.
E é nessa
"personalidade" que centramos nossos estudos. Assim como os
Pretos-velhos, eles podem dar passe, consulta ou participarem de descarrego,
contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação (preparo
de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral).
Esses guias por
conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de
tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia.
Desenvolveram com
isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.
Formas Incorporativas E
Especialidade Dos Caboclos:
Caboclos De
Oxum
Geralmente são
suaves e costumam rodar, a incorporação acontece principalmente através do
chacra cardíaco. Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como:
depressão, desânimo entre outras. Dão bastante passe tanto de dispersão quanto
de energização. Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar; Seus
passes quase sempre são de alívio emocional.
Caboclos De
Ogum
Sua incorporação é
mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente
gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes
para doar força física, para dar ânimo.
Caboclos De
Yemanjá
Incorporam de forma
suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o
médium tonto. Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes,
limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar.
Caboclos De
Xangô
São guias de
incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão.
Trabalham para: emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional.
Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.
Caboclos De
Nanã
Assim como os
Pretos-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando
o karma e como ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos.
Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.
Caboclos De
Iansã
São rápidos e
deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, muitas das
vezes pegam a pessoa de surpresa. Geralmente trabalham para empregos e assuntos
de prosperidade, pois Iansã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior
função é o passe de dispersão (descarrego). Podem ainda trabalhar para várias
finalidades, dependendo da necessidade.
Caboclos De
Oxalá
Quase não trabalham
dando consultas, geralmente dão passe de energização. São
"compactados" para incorporar e se mantém localizado em um ponto do
terreiro sem deslocar-se muito. Sua principal função é dirigir e instruir os
demais Caboclos.
Caboclos De
Oxossi
São os que mais se
locomovem, são rápidos e dançam muito. Trabalham com banhos e defumadores, não
possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses
caboclos geralmente são chefes de linha.
Caboclos De
Obaluaiê
São espíritos dos
antigos "pajés" das tribos indígenas. Raramente trabalham
incorporados, e quando o fazem, escolhem médiuns que tenham Obaluaiê como
primeiro Orixá. Sua incorporação parece um Preto-velho, em algumas
casas locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia,
para vários fins.
Atribuições
dos Caboclos
São entidades, que
trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao
próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento
da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se
consegue.
Assobios
E Brados
Quem nunca viu caboclos assobiarem ou
darem aqueles brados maravilhosos, que parecem despertar alguma coisa em nós?
Muitos pensam que são apenas uma repetição dos
chamados que davam nas matas, para se comunicarem com os companheiros de tribo,
quando ainda vivos. Mas não é só isso.
Os assobios
traduzem sons básicos das forcas da natureza. Estes sons precipitam assim como
o estalar dos dedos, um impulso no corpo Astral do médium para direcioná-lo
corretamente, afim de liberá-lo de certas cargas que se agregam, tais como
larvas astrais, etc.
Os assobios, assim
como os brados, assemelham-se à mantras; cada entidade emite um som de acordo
com seu trabalho, para ajustar condições especificas que facilitem a
incorporação, ou para liberarem certos bloqueios nos consulentes ou nos
médiuns.
O
Estalar De Dedos
Por que as entidades estalam os dedos, quando
incorporadas ?
Esta é uma das coisas que vemos e geralmente
não nos perguntamos, talvez por parecer algo de importância mínima.
Nossa mãos possuem uma quantidade enorme de
terminais nervosos, que se comunicam com cada um dos chacras de nosso corpo.
O estalo dos dedos
se dá sobre o Monte de Vênus (parte gordinha da mão) e dentre as funções
conhecidas pelas entidades, está a retomada de rotação e freqüência do corpo
astral; e a, descarga de energias negativas.
Os
Boiadeiros
São espíritos de
pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em fazendas por todo o Brasil,
estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos nas sessões de
Umbanda.
Usam de canções
antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos
ensinando a força que o trabalho tem e passando, como ensinamento, que o
principal elemento da sua magia é a força de vontade, fazendo assim que
consigamos uma vida melhor e farta.
Nos seus trabalhos
usam de velas, pontos riscados e rezas fortes para todos os fins.
O Caboclo Boiadeiro
traz o seu sangue quente do sertão, e o cheiro de carne queimada pelo sol das
grandes caminhadas sempre tocando seu berrante para guiar o seu gado.
Normalmente, eles fazem duas festas por ano, uma no inicio e outra no meio do
ano. Eles são logo reconhecidos pela forma diferente de dançar, tem uma
coreografia intricada de passos rápidos e ágeis, que mais parece um dançarino
mímico, lidando bravamente com os bois.
Seu dia é quinta
feira, gosta de bebida forte como por exemplo cachaça com mel de abelha, que
eles chamam de meladinha, mas também bebem vinho. Fumam cigarro, cigarro de
palha e charutos. No Terreiro os Boiadeiros vêm "descendo em seus
aparelhos" como estivessem laçando seu gado, dançando, bradando, enfim,
criando seu ambiente de trabalho e vibração.
Com seus chicotes e
laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o
terreiro e as pessoas da assistência.Os fortalecendo dentro da mediunidade,
abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes
protetores, assim como os Exus.
Quando o médium é
mulher, freqüentemente, a entidade pede para que seja colocado um pano de cor,
bem apertado, cobrindo o formato os seios. Estes panos acabam, por vezes, como
um identificador da entidade, e até da sua linha mais forte de atuação, pela
sua cor ou composição de cores.
Alguns
usam chapéus de boiadeiro, laços, jalecos de couro, calças de bombachas, e tem
alguns, que até tocam berrantes em seus trabalhos.
Nomes de alguns
boiadeiros: Boiadeiro da Jurema, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio,
Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João
Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Boiadeiro
do Chapadão, Boiadeiro da Campina e etc ...
Sua saudação: “Getruá Boiadeiro”, “Xetro
Marrumbaxêtro”
Os Boiadeiros são
entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e
persistente do homem do sertão, "o caboclo sertanejo". São os
Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. O mestiço
Brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro e assim vai.
Os Boiadeiros representam
a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes,
crendices, superstições e fé.
Ao amanhecer o dia,
o Boiadeiro arrumava seu cavalo e levava seu gado para o pasto, somente voltava
com o cair da tarde, trazendo o gado de volta para o curral. Nas caminhadas
tocava seu berrante e sua viola cantando sempre uma modinha para sua amada, que
ficava na janela do sobrado, pois os grandes donos das fazendas não permitiam a
mistura de empregados com a patroa.
É tal e qual se
poderia presenciar do homem rude do campo. Durante o dia debaixo do calor
intenso do sol ele segue, tocando a boiada, marcando seu gados e território. À
noite ao voltar para casa, o churrasco com os amigos e a família, um bom papo,
ponteado por um gole de aguardente e um bom palheiro, e nas festas muita
alegria, nas danças e comemorações.
Sofreram
preconceitos, como os "sem raça", sem definição de sua origem.
Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas respeitando a natureza
e aprendendo, um pouco com o índio: suas ervas, plantas e curas; e um pouco do
negro: seus Orixás, mirongas e feitiços; e um pouco do branco: sua religião
(posteriormente misturada com a do índio e a do negro) e sua língua, entre
outras coisas.
Dá mesma maneira
que os Pretos-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a força
de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a
sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira
simples, mas com uma força e fé muito grande.
O caboclo boiadeiro
está ligado com a imagem do peão boiadeiro - habilidoso, valente e de muita
força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuísse na
mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a
andar nas pastagens.
Enquanto os
"caboclos índios" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é
possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores.
Os Boiadeiros vêm
dentro da linha de Oxossi. Mas também são regidos por Iansã, tendo recebido da
mesma a autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada
quando encarnados. Levam cada boi (espírito) para seu destino, e trazem os bois
que se desgarram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do resto da
boiada (o caminho do bem).
Sobre Nossos Caboclos Boiadeiros
Os Boiadeiros
também são conhecidos como "Encantados",pois segundo algumas lendas,
eles não teriam morrido para se espiritualizarem, mas sim se encantados e
transformados em entidades especiais.
Os Boiadeiros também
apresentam bastante diversidade de manifestações. Boiadeiro menino, Boiadeiro
da Campina, Boiadeiro Bugre e muitos outros tipos de Boiadeiros, sendo que
alguns até trabalham muito próximos aos Exus.
Suas cantigas
normalmente são muito alegres, tocadas num ritmo gostoso e vibrante. São
grandes trabalhadores, e defendem a todos das influências negativas com muita
garra e força espiritual. Possuem enorme poder espiritual e grande autoridade
sobre os espíritos menos evoluídos, sendo tais espíritos subjugados por eles
com muita facilidade.
Sabem que a prática
da caridade os levará a evolução, trabalham incorporados na Umbanda, Quimbanda
e Candomblé. Fazem parte da linha de caboclos, mais na verdade são bem
diferentes em suas funções. Formam uma linha mais recente de espíritos, pois já
viveram mais com a modernidade do que os caboclos, que foram povos
primitivos. Esses espíritos já conviveram em sua ultima encarnação com a
invenção da roda, do ferro, das armas de fogo e com a prática da magia na
terra.
Saber que
boiadeiros conheceram e utilizaram essas invenções nos ajuda muito para
diferenciarmos dos caboclos. São rudes nas suas incorporações, com gestos
velozes e pouco harmoniosos. Sua maior finalidade não é a consulta como os
Pretos-velhos, nem os passes e muito menos as receitas de remédios como os
caboclos, e sim o "dispersar de energia" aderida a corpos, paredes e
objetos. É de extrema importância essa função pois enquanto os outros guias
podem se preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha
"sempre" atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de
espíritos).
Quando bradam alto
e rápido, com tom de ordem, estão na verdade ordenando a espíritos que entraram
no local a se retirar, assim "limpam" o ambiente para que a prática da
caridade continue sem alterações. Esses espíritos atendem aos boiadeiros pela
demonstração de coragem que os mesmos lhes passam e são levados por eles para
locais próprios de doutrina.
Em grande parte, o
trabalho dos Boiadeiros é no descarrego
e no preparo dos médiuns. Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo a
portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como
os Exus.
Outra grande função
de um boiadeiro é manter a disciplina das pessoas dentro de um terreiro, sejam
elas médiuns da casa ou consulentes. Costumam proteger demais seus médiuns nas
situações perigosas. São verdadeiros conselheiros e castigam quem
prejudica um médium que ele goste. "Gostar" para um boiadeiro,
é ver no seu médium coragem, lealdade e honestidade, aí sim é considerado por
ele "filho". Pois ser filho de boiadeiro não é só tê-lo na
coroa.
Trabalham também para Orixás, mais mesmo
assim, não mudam sua finalidade de trabalho e são muito parecidos na sua forma
de incorporar e falar, ou seja, um boiadeiro que trabalhe para Ogum é
praticamente igual a um que trabalhe para Xangô, apenas cumprem ordens de
Orixás diferentes, não absorvendo no entanto as características deles.
Dentro dessa linha
a diversidade encontra-se na idade dos boiadeiros. Existem boiadeiros
mais velhos, outros mais novos, e costumam dizer que pertencem a locais
diferentes, como regiões, por exemplo: Nordeste, Sul, Centro-Oeste,
etc...
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