quarta-feira, 25 de julho de 2012

SIGNIFICADO DAS SAUDAÇÕES AOS ORIXÁS / SAUDAÇÕES DAS ENTIDADES


SAUDAÇÕES AOS ORIXÁS E SEUS SIGNIFICADOS

ORIXÁ
SAUDAÇÃO
TRADUÇÃO
OXALÁ
Epa epa Babá!
Epa epa(exclamação de surpresa, grande admiração pela honrosa presença); Babá (pai)
IEMANJÁ
Odô-fe-iaba! ou ainda, Odô iá!
Odô (rio); fe (amada); iyàagba (senhora) – Amada Senhora do Rio (das águas) !
OGUN
 Patakori Ogun! ou ainda, Ogunhê! (brado que representa o força de Ogun
Pàtàki (principal); ori (cabeça) – Muita honra em ter o mais importante dignitário do Ser Supremo em minha cabeça! Ou ainda Salve Ogun, Cabeça Coroada.
OXOSSE
Okê arô!
O rei que fala mais alto, o Grande Caçador.
XANGÔ
Kawô Kabiecile!
Ká (permita-nos); wô (olhar para); Ka biyê si (Sua Alteza Real); le (complemento de cumprimento a um chefe) – Permita-nos olhar para Vossa Alteza Real! Ou ainda, Venham admirar o Rei.
IANSÃ
Eparrei Oyá!
Salve a mãe dos nove espaços de orum.
OXUM
Ora iê iê ô !
Salve a Senhora da bondade; ou ainda Salve mãezinha benevolente.
NANÃ
Saluba Nanã!
Nos refugiaremos da morte com Nanã.
OBALUAYE
Atoto Obaluayê!
Silêncio para o grande Rei da Terra.
OSSAIN
Ewe assa
Oh minhas folhas! Salve as folhas.
OXUMARÉ
Arroboboi Oxumaré!
Salve o senhor do arco-íris, ou ainda, Senhor dos ciclos.
LOGUN EDÉ
Loci Loci Logun
Brada, Principe Guerreiro.
IBEJI
Oni Ibeji
Ele é dois.
OBÁ
Obá xirê ou Obá Xi!
Rainha Guerreira ou Vamos festejar a Rainha.
YEWÁ
Riró
Doçura, brandura.
EXU
Laroyê Exu, Mojubá
Meus respeitos ao Mensageiro.




SAUDAÇÕES ÀS ENTIDADES

FALANGES
SAUDAÇÃO
CABOCLOS
Okê Caboclo! Okê Cabocla! Okê Bamboclim!
BOIADEIROS
Xetro marrumbaxetro! Xetruá!
IBEIJADAS
Oni Ibejada!
PRETOS VELHOS
Adorei as Almas! Cacurucaia!
CIGANOS
Arriba Ciganos!
EXUS
Laroyê Exu! Laroyê Pombagira! Mojubá!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

CRUZEIRO DAS ALMAS


     
      Um CRUZEIRO DAS ALMAS representa uma passagem, ou ainda, a representação de um portal onde o espírito passa de um plano vibratório para outro e o Orixa que rege este campo de ação é Obaluayê, juntamente com Nanã e as entidades, pretos velhos e exus que trabalham nesta linha.
Podemos interpretar "plano vibratório" como campo de energias, isso pode se aplicar a diversas situações que estejamos passando em nossas vidas como por exemplo: Uma doença física, emocional, uma obsessão complexa ou mesmo simples, magoas, ódios, rancores e todo sentimento de ordem negativa e daí vem a necessidade da TRANSMUTAÇÃO que significa também a modificação de vibração que nos problemas citados acima seria o oposto ou seja o lado positivo.
      Se nos referimos a "planos" podemos ainda simplificar por "passagens" para que de forma simples nos tornemos mais compreendidos e daí vem o título de Pai Obaluayê como também "SENHOR DAS PASSAGENS"
      Direcionamo-nos agora para uma casa, centro, tenda de Umbanda onde encontramos nos terreiro sempre um "cantinho" das almas" ou o CRUZEIRO DAS ALMAS. Muitas vezes um determinado guia nos da uma vela branca e nos pede para firma-la no mesmo, logo interpretamos que estamos com eguns, quiumbas ou algum sofredor, mas nos esquecemos que tal qual no campo santo ou na calunga pequena (cemitério), ali também é um ponto natural e sagrado de Obaluayê e muitas vezes a "vela" não para os outros, mas sim para nós mesmos, para podermos com a ajuda do Pai Transmutarmos algo de ruim ainda que não estamos conseguindo sozinhos resolver dentro de nós.
Lembramos ainda que o Cruzeiro de um centro tem a função de proteger também a casa de ataques de seres infelizes vampiros espirituais, etc... Como no campo santo é feito. É um campo energético onde espíritos mais evoluídos com funções específicas, trabalham doutrinando espíritos inferiores desencarnados. Através das preces que ocorrem neste lugar, muita energia é utilizada no encaminhamento e doutrina de almas.
      Como podem ver nada tem a ver um cruzeiro das almas com azar ou chamamentos da morte, isso é fruto de crendices populares e gente infelizmente ainda mal informada dentro e fora da Umbanda.
Além de um campo de proteção para a casa, ali ficam direcionadas as forças do Orixa Obaluayê, para que de forma sagrada e ritualistica elas possam ser evocadas.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

ENTENDENDO: GONGÁ, FUMO, BEBIDAS, ENTRE OUTROS ELEMENTOS DE UMA CASA DE UMBANDA.


      
      Ao chegarmos em um Terreiro de Umbanda o que mais nos chama atenção e é característico, é o gongá. O gongá não é um simples altar montado para enfeitar o terreiro. É o altar da umbanda. A maioria dos gongás possuem imagens de santos católicos, imagens de caboclos, pedras, copos com água, flores, entre outros elementos variando de acordo com as ordenanças do chefe do terreiro. Essa mistura de elementos tem toda uma base mágica que muitos não conseguem enxergar. Nas imagens encontramos símbolos de respeito e pontos de fixação e concentração, para onde o olhar, o pensamento se dirige e o médium consegue assim obter concentração para os seus Orixás e se entrega assim ao Deus criador, Zambi maior. O gongá também representa um pedacinho da natureza divinizado, nele as forças da natureza estão presentes gerando energia para as sessões. E estão presentes os quatro elementos básicos da natureza: água, terra, ar e fogo. Terra, nas pedras, que possuem as vibrações dos locais da natureza de onde foram retiradas e são consagradas a determinados Orixás, condensando, “assentando” assim um pouquinho da energia daquela divindade no altar, trazendo força, destruindo negatividades, trazendo equilíbrio. Água está presente nos copos, nos vasos de flores, nas quartinhas e é o princípio básico da vida. Sem água nenhum tipo de ser vivo consegue viver. Foi na água que a vida surgiu. E este elemento é purificador, purificando o ambiente e “lavando”, dispersando energias nocivas, refletindo intenções. O fogo, elemento transmutador, transformador, que modifica os estágios, está presente nas velas, nos incensos, destrói miasmas negativos, representa luz, afastando espíritos negativos, acende a fé e as almas dos irmãos presentes, encarnados e desencarnados. O ar, está presente em toda atmosfera do gongá e também é representado na fumaça dos incensos, na queima da parafina das velas, eleva nossos pensamentos, gera liberdade, leveza, encaminha intenções. Enfim, todo o gongá é um campo vibratório mágico, é um pedacinho da Aruanda no terreiro de umbanda.
            Pois bem, o Gongá é um deste núcleos de força, em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo.E Atrator porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos. É Condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicoesfera dos presentes. É Escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (pára-raio), comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético. É Expansor, pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo. É Transformador no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade. É Alimentador, pelo fato de ser um dos pontos do terreiro a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Gongá (Núcleo de Força).
Não, irmãos umbandistas, o Gongá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados de forma aleatória, atendendo a vaidade de uns e o devaneio de outros. Gongá dentro dos Templos Umbandistas sérios, tem fundamento, tem sua razão de ser, pois que pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão dos mentores de Aruanda.
Nos terreiros de umbanda, além do gongá há outros núcleos de energia muito importantes, os quais devemos ter o máximo respeito ao passar e adentrar. A tronqueira é geralmente a casa do exu responsável por tomar conta da porta do terreiro, das energias que entram e saem da casa de umbanda. Muitas vezes a tronqueira está fundida á casa de exu, que é o espaço determinado a condensar as energias do povo de exu na casa. O cruzeiro das almas é lugar de prece, oração e trabalho das entidades, lá ocorrem trabalhos de doutrina, de encaminhamento de espíritos em busca de evolução e tanto exus, quanto pretos velhos trabalham nessa linha. A casa das almas condensa os elementos e as energias pertencentes aos nossos amados pretos velhos, é lugar de oração, de fé, de evolução, de doutrina e de respeito.
O fumo dentro da umbanda também não é fruto do vício e da vaidade das entidades. A grande maioria delas nem conheceu o fumo em vida terrena. O fumo serve como defumadores individuais de cada entidade. Fumos utilizados pelas entidades e defumadores aplicados por nós, tem princípios parecidos. As ervas utilizadas, antes de serem colhidas, passam toda sua vida, absorvendo energia do sol, armazenando minerais, matérias orgânicas, energia lunar, óleos essenciais, entre outras substâncias. A queima dessas ervas, bem como do tabaco, utilizado nos fumos, liberam energia acumulada nessas ervas, energias estas que servem para dispersar maus fluidos e pensamentos, que espantam maus espíritos, que doutrinam espíritos perdidos, que atraem entidades para o trabalho, enfim, dependerá de que ervas estão sendo utilizadas no defumador e qual o tipo de fumo da entidade.
A energia condensada e mágica das ervas também são utilizadas para os mais diversos fins nos banhos de ervas. Há banhos para todos os fins na umbanda; limpeza, fixação, descarga, purificação, consagração, equilíbrio, paz, prosperidade, cura, entre tantos outros fins. Há banhos feitos macerados, outros cozidos, uns podem outros não, serem aplicados na cabeça. E toda essa magia está baseada nas propriedades de cada erva, tópico que entraremos em detalhe no estudo de maio. Por enquanto estamos apenas introduzindo elementos e ritos presentes na umbanda e explanando sobre o fundamento dos banhos de ervas. E toda magia do banho de ervas, assim como tudo na umbanda, só vai funcionar se os elementos fé e concentração estiverem presentes.
O álcool, tem emprego sério na Umbanda. Quando tomado aos goles, em pequenas quantidades, proporciona uma excitação cerebral ao médium, liberando-lhe grande quantidade de substâncias ativadoras cerebrais, acumulada como reserva nos plexos nervosos (entrelaçamento de muitas ramificações de nervos), a qual é aproveitada pelos guias, para poderem trabalhar no plano material.Deste modo, quando o médium ingere pequena quantidade da bebida, suas idéias e pensamentos, brotam com mais e maior intensidade. É também uma forma em que a entidade se aproveita este momento para ter maior “liberdade de ação”. Os exus são os que mais fazem uso da bebida. Isto se ao fato de, estas linhas utilizarem muito de energias etéricas, extraídas de matéria (alimentos, álcool, etc.), para manipulação de suas magias, para servirem como “combustível” ou “alimento”, encontrando então, uma grande fonte desta energia na bebida. Estas linhas estão mais próximas às vibrações da Terra (faixas vibratórias), onde ainda necessitam destas energias, retiradas da matéria, para poderem realizar seus trabalhos e magias! O marafo também é usado para limpar/descarregar pontos de pemba ou pólvora usados em descarregos. O álcool por sua volatilidade tem ligação com o ar e pode ser usado para retirar energias negativas do médium. Já o álcool consumido pelo médium também é dissipado no trabalho, ficando em quantidade reduzida no organismo. O perigo nestes casos é o animismo, ou seja, o Médium consumir a bebida em grandes quantidades por conta própria e não na quantidade que o Guia acha apropriada. Nestes casos, pode ser que o Guia vá embora e deixe o médium sob os efeitos da bebida que consumiu sem necessidade. Por tanto, orai e vigiai sempre. Que tomemos sempre cuidado para não ultrapassarmos os limites de nossas entidades.
Esperamos que com alguns conceitos e fundamentos definidos e explicados, possamos cada vez mais entender para dialogarmos, discutirmos, aumentarmos a nossa fé de forma mais embasada e não permitirmos que irmãos fanáticos de outras religiões nos ataquem de “sem culturas”, de “demoníacos”, de “servos de satanás”, entre tantas outras ofensas.                                                                                                                                                                                                                                                                                                      José Carlos Melo – dirigente de culto umbandista.

CAMPANHA DO LEITE - I.U.L.A

   
      Gostaríamos de informar que a Irmandade Umbandista Luz de Aruanda continua com a campanha do Leite, iniciada neste ano, onde procuramos auxiliar na nutrição de crianças de famílias carentes. Temos algumas famílias já cadastradas e queremos expandir um pouco mais esta ação.
      Pedimos doações àqueles que puderem colaborar, levando nas sessões, especialmente nas sessões de cura, que ocorrem na segunda quarta-feira de cada mês, às 19 h, um pacote ou lata de leite em pó, ou ainda uma caixa de leite tipo longa vida. Contamos com a colaboração de médiuns e visitantes, para que juntos possamos doar um pouquinho de esperança, para que a caridade praticada no terreiro ocorra não só a nível espiritual.
      As famílias auxiliadas por enquanto são poucas e são pertinentes aos municípios de Duque de Caxias e São João de Meriti.


"A caridade é o processo de somar alegrias, diminuir males, multiplicar esperanças e dividir a felicidade para que a Terra se realize na condição do esperado Reino de Deus". (Emmanuel)

HOMENAGEM A SRa MARIA MOLAMBO


      A Irmandade Umbandista Luz de Aruanda agradece a todos que participaram, colaboraram e a todos os que estiveram presentes no último 07/07, na sexta corrente desta entidade querida pela casa, Dona Maria Molambo das 7 Catacumbas.
      Que sua força possa cobrir a todos de bênçãos, energias, luz e renovações.


Um forte saravá a todos.